Este é um espaço para os meus alunos de Português... os que o são, os que o foram... os alunos da Escola Secundária de Barcelos... (e seus amigos que, se "vierem por bem", serão muito bem recebidos!)... Poderá vir a ser um ponto de encontro, onde a palavra escrita imperará, em liberdade, criativamente, para além das limitações da sala de aula, porque acreditamos que escrever não é "um acto inútil"... inútil é calar.
sábado, 24 de maio de 2008
“Se eu não gostar de mim, quem gostará?”
Civismo é uma palavra que temos de integrar no nosso ADN.
Oh gente que só sabeis criticar o nosso país, Portugal! Eu pergunto "porquê"? Se o único problema és tu… Vós, nós e até eu não fujo à regra… Mas, principalmente, vós que criticais, que falais, mas não fazeis mais nada, nada para mudar ou tentar mudar… “Falas, falas, não te vejo a fazer nada, com certeza que fico chateado!” …
Hoje saio de casa para a escola, acordo com mais uma discussão matinal, esta minha juventude não quer ficar em Portugal, porque não há oportunidades, porque não há isto e aquilo… Como esta juventude já tem a cabeça feita! Eu só respondo “sim, é por pessoas como tu que Portugal está como está” … Juventude que já aprendeu a criticar, cabeça feita de casa, na escola, em todo o lado …
De tarde passei no café, lá estavam os mesmos clientes de sempre, “velhotes” que vão passar o seu tempo ao tasco, lá estavam eles, a tagarelar mal (como sempre) da política, um assunto que este povo adora criticar. Sempre a deitá-los [?] abaixo. A piada é que está nas mãos deles fazer alguma coisa, votar, - é esse o dever da sociedade - muitos que criticam nem se dão ao trabalho de votar. É como tudo na vida desta gente: “votar? hoje está a chover, não me apetece sair de casa, o fulano que vá”. E como tudo fica para o “fulano”... “reciclar? Para quê? se o outro não recicla”, “manifestações? Para quê se o sicrano não vai”, “votar? Para quê, se não vai valer a pena o meu voto” … Esta país que tem preguiça de levantar o cú da cadeira, é mais fácil falar … Agir, fica para o vizinho …
O civismo tem de começar dentro de nós, nas nossas casas, no que transmitem os nossos pais. Falta exigência connosco mesmos. Em trinta anos de democracia aprendemos a reclamar os nossos direitos, mas não temos vontade de cumprir os nossos deveres.
“Se eu não gostar de mim, quem gostará?” - se os Portugueses não se sentem bem no seu país, se não lutam, se não fazem nada, quem fará ?!
Sara Guimarães, 11ºE
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1 comentário:
"Em trinta anos de democracia aprendemos a reclamar os nossos direitos, mas não temos vontade de cumprir os nossos deveres."... grande reflexão! É esse o espírito ;)
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