Este é um espaço para os meus alunos de Português... os que o são, os que o foram... os alunos da Escola Secundária de Barcelos... (e seus amigos que, se "vierem por bem", serão muito bem recebidos!)... Poderá vir a ser um ponto de encontro, onde a palavra escrita imperará, em liberdade, criativamente, para além das limitações da sala de aula, porque acreditamos que escrever não é "um acto inútil"... inútil é calar.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
A Sociedade Portuguesa Pós 25 de Abril
A Revolução
No dia vinte e cinco de Abril de mil novecentos e setenta e quatro deu-se, ao comando da canção “ E depois do adeus”, a revolução dos cravos, que derrubou o regime político que vigorou durante mais de quarenta anos no nosso país.
Nessa data, eu não era nascida e, com certeza, os meus pais não se conheciam e nem sequer havia um projecto de constituição de família.
No entanto, muitas famílias naquele dia rejubilaram de alegria e satisfação pelo derrube da ditadura. Acalentaram, naqueles momentos eufóricos, que a partir daquele dia tudo ia mudar para melhor e que tudo seria um “mar de rosas “ na vida social daquela jovem democracia.
Democracia é o governo do povo para o povo, uma vez que somos governados pelos nossos eleitos, em eleições livres, depois de ouvirmos as suas propostas nas campanhas eleitorais. Mas democracia é, acima de tudo, sabermos respeitar os outros e defender e cumprir a máxima “os meus direitos começam onde acabam os dos meus semelhantes”.
Consequências e Mudanças
De facto, as espectativas eram muitas e, a seguir à festa, foi preciso “apanhar as canas dos foguetes” entretanto lançados. Acabou a festa. Depois veio a desilusão, porque os sonhos acalentados naquele dia festivo não se estavam a realizar. Então, a nossa jovem democracia passou por momentos de alguma dificuldade e conflictualidade. Estou a referir-me aos anos quentes, segundo relata a nossa história recente, de 1975 e 1976.
A “casa” acabou por ser arrumada, tivemos as primeiras eleições livres onde escolhemos o primeiro governo legislativo que foi chefiado pelo Dr. Mário Soares. Estava lançada a primeira pedra da estrada da nossa democracia que conduziu o nosso país até ao dia em que escrevo estas palavras.
Na qualidade de estudante, vou debruçar-me sobre a educação que, no meu entender, é o motor principal do desenvolvimento da sociedade. Quanto mais instruídos forem os cidadãos, mais possibilidades têm de contribuírem para o desenvolvimento da sociedade onde estão inseridos, desde que aqueles conhecimentos sejam bem aplicados e geridos.
Verifica-se, no entanto, que as melhorias e mudanças inseridas desde o 25 de Abril de 1974 no nosso sistema educativo, não se transformaram em mais-valias que, se devidamente aproveitadas e potenciadas, teriam contribuído para criação de maior riqueza e bem estar da sociedade. De facto, a sociedade está muito mais instruída, mas, tal facto não se reflectiu na capacidade de produzir mais, e assim, criar mais riqueza.
É curioso que, onde existem emigrantes portugueses, nomeadamente nos países da Europa, eles são muito elogiados pela sua capacidade de adaptação e alto nível de produtividade, e, muitas vezes, até não têm um grau muito elevado de instrução. Tal facto deve-se com certeza à qualidade da gestão dos recursos que se fazem nesses países. Deste facto, pode-se concluir que o defeito poderá estar nas políticas que os vários governos que foram eleitos no nosso país, não por mim, porque eu ainda não tenho idade para votar, mas lá chegarei, não foram devidamente pensadas e discutidas com os professores, que são no meu entender, a parte mais importante no sistema educativo.
Na conjuntura actual assiste-se a um crescendo de licenciados que, depois de vários anos a estudar, não conseguem colocação no mercado de trabalho. No entanto, não devem desistir pois, como disse atrás, a educação, o estudo, o trabalho e a persistência são o melhor meio de transporte para calcorrear a “estrada” que atrás referi.
Toda esta prosa para dizer que, sem trabalho e sem estudo, não se consegue nada, serve de exemplo o caso de uma aluna da minha escola que a uma determinada disciplina, dita “maldita”, num teste tirou dois valores e depois de ter estudado e trabalhado bastante conseguiu, noutro teste, tirar 14,7 valores.
Ana Teresa, 11º C
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