domingo, 11 de maio de 2008

Que valores?!...



Um país tão belo, uma sociedade tão ingrata.
Esta é a minha visão em relação ao que se vive em Portugal, actualmente. Passo a explicar: neste País perdeu-se, penso, o orgulho em ser Português. Dizer “Eu sou Português” é, agora, para uma larga maioria, motivo de vergonha e não algo que se diga com prazer. As justificações para tal são, normalmente, problemas a nível profissional, a “sobrevivência” cada vez mais difícil no que concerne à parte financeira e muitas outras contrariedades, esquecendo que o mesmo se passa em vários países por esse Mundo fora, inclusive, com mais gravidade.
Falta sentido permanente de patriotismo aos portugueses, não basta tê-lo quando a Selecção participa em Europeus e Mundiais de Futebol. É tempo de perceber que esta mentalidade pessimista, a que se junta uma atitude de, eu diria, desprezo em relação ao nosso País, faz com que Portugal seja ainda mais pequeno do que já é em termos geográficos. Portugal é tão mais pequeno quanto mais “pequena” for a mentalidade dos portugueses. Obviamente, eu entendo que se preze, por exemplo, ter uma situação financeira estável, mas é, para mim, chocante a extrema afeição a bens materiais instalada, hoje, na sociedade, em detrimento dos valores morais e familiares. Com certeza, já por várias vezes este problema foi referido, sendo do conhecimento comum, mas talvez seja demasiado complexo para que possa ser solucionado.
Contudo, felizmente, também consigo descobrir aspectos positivos na sociedade Portuguesa actual. Aponto, sobretudo, dois: um deles, a generosidade, bem visível numa recente campanha de recolha de géneros alimentícios, à qual os portugueses aderiram em massa; outro, a hospitalidade, da qual são testemunhas os inúmeros cidadãos estrangeiros que visitam Portugal, aliás, sempre elogiosos no que diz respeito a esse aspecto.
Em jeito de conclusão, devo dizer que me entristece esta realidade portuguesa, num mundo onde já não são muito comuns valores como sinceridade, honestidade e fraternidade. Eu, talvez fruto de uma ingenuidade própria da idade, continuarei a acreditar que o povo português pode mudar e tornar-se um acérrimo defensor da sua PÁTRIA.



Filipe Silva 11ºE


Texto ainda não editado pela professora



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