Este é um espaço para os meus alunos de Português... os que o são, os que o foram... os alunos da Escola Secundária de Barcelos... (e seus amigos que, se "vierem por bem", serão muito bem recebidos!)... Poderá vir a ser um ponto de encontro, onde a palavra escrita imperará, em liberdade, criativamente, para além das limitações da sala de aula, porque acreditamos que escrever não é "um acto inútil"... inútil é calar.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Uma visão deturpada
Foi enquanto lia “ Os Maias”, e a crítica a vários aspectos da sociedade portuguesa, que constatei que esta obra datada de há umas décadas atrás se revela, contrariamente ao que é de esperar, muito actual. Repare-se que a sociedade relatada por Eça de Queiroz continua ainda hoje inalterada e padecendo da mesma imperfeição.
Posto isto, revolvi discorrer sobre um aspecto que também o grande Eça criticou, a religião.
Outrora, o clero possuía vícios terríveis para pessoas devotas que eram. Usavam o poder que detinham para seu benefício, muito à custa da visão deturpada da sociedade em relação a Deus. Esta sociedade, além da curta mentalidade que possuía, vivia também sobre o estigma do medo de um Deus castigador.
É igualmente importante referir a enorme importância que o clero detinha na esfera política de então.
Hoje em dia, relativamente à Igreja, a sociedade apresenta uma ligeira mudança de mentalidades. Perante esta sociedade moderna, a Igreja continua com os costumes de sempre, assistindo de forma impávida ao evoluir da sociedade.
Vejamos, por exemplo, a questão do uso do preservativo em que a Igreja Católica se opõe ao seu uso. Esta questão expõe, eficazmente, estagnação em que a religião se encontra, admitindo a propagação de doenças, mas não do uso do preservativo. Será isto legítimo? Não será isto, inversamente, irreligião?
É um facto que a classe clerical, através de inúmeros escândalos, continua a viver uma vida nada condizente com o caminho de fé que escolheu.
Eva Castanheira, 11º G
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