segunda-feira, 12 de maio de 2008

A Religião como meio de fuga?


- Olá Maria, então como tem passado? Os filhos e os netos? Tudo bem?
- Ai Rosa, ando aqui com uma dor nas cruzes!
Este é um discurso muito comum à saída das missas todos os dias. A religião, que devia ser algo em que nos poderíamos apoiar nos momentos mais difíceis é, e sempre foi, uma fachada, uma fachada para grandes mentiras e extorsões de dinheiro.
Todas aquelas beatas, que não faltam à missa nenhum dia, dão dinheiro para a Igreja (pois, coitada da Igreja, que precisa de comprar isto ou de pagar ao padre...), não faltam a nenhuma festa, com toda a pompa e circunstância, com as brilhantes roupas (que só se usam nas festas) e aqueles cordões de ouro (trazidos pelos falecidos maridos de África), têm sempre o seu “podre” (algo que não querem que ninguém saiba), apesar de falarem sempre mal das outras suas colegas de banco de igreja e/ou das famílias delas. Como diz o velho ditado: ”Quem tem telhados de vidro não atira pedras ao vizinho”. Mas este maldizer torna-se um ciclo em que, por trás, todos dizem mal deste e daquele, ou porque comprou um carro, e então já anda com negócios sujos, ou então, a bisneta da Alice (boa moça, vai ler à missa), que está grávida e não se sabe como (foi obra do Espírito Santo, é a nova Maria e vai dar à luz Jesus). Mas pela frente, todos se tratam por tias e por tios, ou então por Doutores ou Engenheiros (coitados, o máximo que têm é o 4º ano).
Mas o melhor de tudo, e que eu não consigo aceitar, é que, em pleno século XXI, a Igreja ainda seja contra o preservativo, apesar de toda a informação existente.

Na cadeia religiosa, comecemos por baixo: os Padres. Estes senhores que deviam espalhar a palavra de Deus, sem julgar o próximo, são os primeiros a “sugerirem” aos seus fiéis que contribuam para as despesas da igreja. Dinheiro que toma outros caminhos, tais como os chorudos ordenados dos padres e os bolsos dos “lambe-botas”. Mas, como há falta de padres, o melhor mesmo é entregar, a um padre, duas ou três freguesias. Como cada freguesia paga um ordenado ao seu padre, ele soma três ordenados como padre. Mas, como hoje em dia, toda a gente pode dar aulas, estes senhores padres ainda conseguem arranjar um “tachinho” numa escola privada para dar aulas como professor de Educação Moral e Religião Católica. Pois então façamos contas: um senhor padre com cerca de três freguesias e a dar aulas, chegará a contabilizar, no fim do mês, cerca de 3 mil euros, que deverá chegar para quem fez um voto de humildade e que deveria submeter-se a alguns sacrifícios.
Então subiremos na cadeia, por exemplo: bispos, arcebispos e companhia. Em Portugal, eles encontram-se todos concentrados em Fátima, o local mais sagrado de Portugal, onde todos os dias milhares de peregrinos deixam lá centenas de euros para pagar promessas (mas eu pensava que Deus não tinha conta bancária!!!). Quem faz promessas, faz as promessas a Deus. Mas depois esse dinheiro serve para erguer enormíssimas obras todas ornamentadas a ouro, mas que em situações de crise ou de tragédia, se fosse preciso abrigar pessoas, talvez esses locais não estivessem disponíveis.

Mas será que não seremos religiosos se não formos às festas dos padroeiros, às peregrinações e às procissões? Pois eu penso que a religião é algo interior. Cada um é devoto naquilo que acredita, sem precisar de o demonstrar perante os outros para que saibam que somos crentes. Nós devemo-nos sentir bem com nós próprios, não com o que os outros dizem de nós.



Cátia Bogas 11ºC

1 comentário:

Cláudia Amorim disse...

sua excomungada

o padre de galegos que te oiça

:p