sábado, 26 de maio de 2012

"A mim o que me preocupa é o que me rodeia" - a irreflexão



A mim o que me preocupa é o que me rodeia, e está tudo dito! Por vezes olho à minha volta e questiono-me várias vezes “O que é que aquela pessoa esta a fazer? Como é que aquela pessoa tem coragem para fazer isto? Será que ela tem noção do que faz?”, e depois chego à conclusão que essas pessoas não têm mesmo noção do que fazem, porque cometem o mesmo erro uma, e outra vez, e depois de errarem, voltam a errar, pensando que têm razão. Quando me encontro perante isto, só me apetece ir conversar com essas pessoas e explicar-lhes que o que fizeram não está correto. E é mesmo isso que eu faço, mas a ignorância é tanta que, como se costuma dizer, “entra a 100 e sai a 200”.
Esta é uma preocupação que eu tenho e que toda a gente deveria ter, mas para ser sincero, por vezes é bom observar estas situações, porque é assim que uma pessoa aprende a fazer o que está mais correto e, acima de tudo, a pensar antes de tomar certas atitudes e de deixar escapar certas palavras, o que é muito importante, principalmente para ter pessoas que nos amam, e que gostam de estar a nosso lado. Não é fácil ser amado por alguém, mas ser detestado, isso é muito fácil, e é por esse caminho que certas pessoas caminham, e dói-me profundamente assistir a isso, porque desta maneira não se fazem grandes amizades, e o objetivo de uma vida é conseguir encontrar o amor, e é para aqui que toda a gente tem que rumar. Se não seguirmos este caminho, quando chegarmos ao fim da nossa vida, vamos sentir-nos sozinhos, isolados do mundo e, nesse momento, é atingido o patamar máximo de infelicidade e de frustração.
Isto serve como desabafo, e serve também para todas as pessoas que lerem isto, para que reflitam e vejam se as decisões que tomam são as mais acertadas, e se não forem, comecem a remendá-las.
“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.”
Vivam a vida da forma mais correta para no final não se arrependerem.


Raul Peixoto

sábado, 12 de maio de 2012

“A mim o que me rodeia é o que me preocupa.” – Paraíso.


Paraíso: será que existes mesmo?


Um dia destes, tive uma discussão bastante agradável com um colega, na qual discutimos vários assuntos sobre a religião, a ciência e a filosofia. No meio da discussão falámos sobre o paraíso apresentado pela religião católica e chegámos a conclusões que me deixaram bastante preocupado (porque o que existe para além da morte, ou o que não existe, é uma matéria que preocupa muita gente, incluindo a mim) e daí desenvolvi o seguinte raciocínio (que não deixa de ser subjetivo e por isso sujeito a falhas):
Se deus é o exponencial máximo de perfeição no que toca a um ser, então o paraíso é o exponencial máximo de perfeição no que toca a um lugar.
Mas será que tal coisa existe? Será que é possível considerar sequer que existe algo perfeito seja isso um lugar, um ser, um momento…?
Penso que depende da maneira como empregamos a palavra: se considerarmos o conceito de que algo perfeito significa que não lhe falta nada (não é isto o conceito de completo?) então isso não é possível. Até porque mesmo não faltando nada (pois eu acredito que todos nós temos dentro de nós tudo para sermos perfeitos) isso não quer dizer que não existam outras coisas para além do que não poderia faltar – algo perfeito significa então, algo ao qual não falta nada e que não está sujeito a “extras” dispensáveis. Então, porquê esta crença que existe dentro de mim? Porquê esta noção tão óbvia e, no entanto, tão abstrata de perfeição? Sim, porque mesmo sabendo dizer que falta isto ou aquilo para algo ser perfeito, como posso eu saber tal coisa, se eu nunca vi esse objeto ao qual não faltaria nada?
Só vejo uma saída para este problema: a perfeição é algo que existe apenas na nossa mente. Uma projeção daquilo que nós (e por isto uma projeção subjetiva, fazendo do conceito de perfeição subjetivo) achamos que iria ser um momento completo, onde não faltaria nada, ou até mesmo perfeito. E será isto possível? Seria possível se nós fossemos donos de um poder sobrenatural: se o que comandasse todo o desenvolver do mundo fosse nada mais do que apenas a nossa vontade, ou seja, se tudo fosse como nós queríamos. Mas acontece que não é.
E é por isto… É por isto que o meu paraíso só existe na minha mente. Porque nele tu estás comigo e de facto importas-te comigo, gostas de mim. E nesse paraíso não existem outras variáveis, outros problemas. Existimos tu e eu. E só isso chega para tudo o resto existir, fluir.
Por isto é que o meu paraíso é algo que nunca pode ser verdade, porque é egoísta. É centrado em mim, pois eu sei muito bem que se tu pudesses fazer vingar o teu paraíso ele não se aproximaria nem um pouco do meu. E é também por isto que um paraíso ou mesmo um momento completo é quase impossível: Pois somos pessoas diferentes, que queremos coisas diferentes.
A única saída para um paraíso na Terra (sim, porque um paraíso não tem de ficar noutro planeta, noutra dimensão – só ficam quando não são possíveis) é quando todos os envolvidos quererem exatamente o mesmo. Caso contrário tem de se contentar com um exponencial não tão bom como o que poderiam ter.

"Os verdadeiros paraísos são os paraísos que se perderam." - Marcel Proust


Hugo Gonçalves, 11º A

"A mim o que me preocupa é o que me rodeia"


Revelou-se mais difícil do que esperava, falar sobre o que me preocupa na sociedade…  À primeira vista, eu achei que iria ser bastante fácil escrever sobre o que me preocupava, também porque eu passo a vida a queixar-me disto e daquilo. A diferença entre saber o que me faz queixar e saber o que me preocupa (neste caso, na sociedade) não me parecia ser assim tão grande, mas revelou-se que o é.
Quando estava a tentar inspirar-me, ocorreu-me falar de um assunto que surgiu nas palavras de um homem velhote que estava a olhar para a televisão, com  um ar de quem tivesse sofrido um ultraje, e também com uma pitada de deceção no seu rosto. Este homem estava a falar dos políticos, e só dizia um monte de palavras nada a favor dos políticos… Estas palavras fizeram-me pensar na falta de confiança que nós temos em nós próprios e nas pessoas à nossa volta, neste caso, nos políticos. O mundo não confia nos seus líderes, sejam eles políticos ou homens de negócio. A maior razão desta desconfiança é a desonestidade e a corrupção vista pelos olhos do povo, e em alguns casos, comprovada. No final de contas, o velhote do café não confia nos seus líderes, porque este homem já não consegues confiar neles, porque estes ou outros similares a estes (sim, porque chega a dada altura, já é mais uma questão de fama),  uma  vez na vida do tal homem, lhe fizeram alguma… Isto também acontece no dia-a-dia normal, não precisamos de políticos para que isto aconteça, as pessoas não confiam umas nas outras, porque têm medo de serem traídas, ou então, gozadas, ou até, satirizadas por serem elas mesmas. A meu ver, é bastante complicado viver desta maneira, é quase como se tivéssemos uma “toupeira” no nosso quotidiano e não pudéssemos confiar em ninguém. E voltando aos políticos outra vez, como esperamos passar esta crise, se nem confiamos nos nossos líderes? Não me parece sequer possível…. Ao ver isto faz-me lembrar todos os filmes ou sequelas de ação que vi, é que há sempre alguém, o tão aclamado Herói, que consegue, com as suas palavras ou com os seus atos, ganhar a confiança dos seus seguidores, ou até, partindo para outro exemplo, Cristo teve uma quantidade considerável de seguidores, em tempos da era Romana, em que estes já tinham uma religião com bastantes pessoas (claro que não abonava a favor dos romanos, o fato de terem tantas colónias, algumas destas que já tinham religião,  e nunca é fácil fazer outras pessoas mudarem as suas crenças), mesmo assim, Cristo apelou aos seus apóstolos e ganhou a confiança deles. Com estes exemplos eu pretendo apenas vincar que nós precisamos de confiar nas pessoas, tanto nos políticos, como nas pessoas que estão a nossa volta, se queremos viver a vida na paz, sem inseguranças e sem medos.
Já agora também há uma coisa que tem uma importância enorme, cada pessoa antes de confiar no próximo, tem de ter confiança em si mesma, e acreditar em si mesmas. “Se eu não gostar de mim, quem gostará?” (slogan da L’Oreal). 



Tiago Barros, 11º A

"A mim o que me preocupa é o que me rodeia" - o ideal de beleza




As mulheres sempre foram as mais preocupadas com a aparência e a sociedade sempre delineou a “mulher ideal”, ou também chamado de ideal de beleza. O que é este ideal de beleza? Ideal de beleza é um “padrão”, estabelecido pela sociedade, utilizado para definir o corpo perfeito, quer feminino quer masculino. Visto que as mulheres sempre se preocuparam com a sua aparência, por vezes até demais, são elas que procuram atingir este padrão mesmo que isso possa, por vezes, ser prejudicial à sua saúde.
O “problema” é que este ideal muda, de tempos em tempos, por diversas razões. Por exemplo, ainda há pouco tempo a mulher ideal possuía uns quilinhos a mais, pois gordura era formosura, mas devido a novas descobertas na área da saúde, ficou a saber-se que estes quilos a mais eram prejudiciais a saúde e o ideal de beleza foi alterado radicalmente. Já nas décadas de 40/50 este padrão foi novamente alterado e tornou-se a nova “moda” ser como as mulheres que posavam para as revistas e calendários da época, sendo um exemplo desse a padrão a sex-symbol Marilyn Monroe. Já na década de 90 este padrão foi novamente alterado para o chamado de “culto da magreza”. Este ideal foi estabelecido pelas mulheres que desfilavam nas passarelas que possuíam corpos extremamente magros mas que eram considerados perfeitos.
Será que, à medida que o tempo passa e a medicina evolui, este ideal vai regredir e pôr, cada vez mais, em causa a saúde daqueles que ambicionam seguir o mundo da moda, tendo, para isso, que se tornar “perfeitos”?
Na minha opinião, este ideal devia ser “apagado” pois, apesar da beleza exterior ser muito valorizada, cada pessoa tem o seu ideal de beleza e, o que fica bem em algumas mulheres pode não ficar noutras, mas o que me preocupa ainda mais, é o facto de cada vez mais mulheres procurarem seguir este ideal, mesmo sabendo que isso terá consequências negativas na sua saúde. E mais, será que as mulheres não conseguem perceber por elas próprias que este ideal pode, para muitos homens, estar “errado”? Mulheres, aprendam a valorizar-se e ignorem estas “modas” que não fazem sentido.


Pedro Miguel, 11º A


A mim o que me rodeia é o que me preocupa – KONY

“A mim o que me rodeia é o que me preocupa” – KONY



Hoje em dia, ensinamos as nossas crianças a se tornarem indivíduos perspicazes e capazes de aguentar as adversidades da vida, ensinamo-las a serem fortes, porque a sociedade devora todos aqueles que mostrarem sinais de fraqueza. Independência, astúcia e sentido de oportunidade são características essenciais para a sobrevivência dos tempos modernos.
Já todos nós, de algum modo, sabemos que o Mundo é corrupto; pode ter sido através de relatos ou através das nossas próprias experiências. Facto é que o Mundo é um lugar onde impera muitas vezes a injustiça. Facto é que a sociedade é uma obra em plena construção e em constante evolução, mas não quero com isto dizer que tem de algum modo vindo a melhorar. O Homem continua a ser um ser vil, enganador e sangrento. Apesar de se auto- intitular uma espécie inteligente, na verdade, não difere muito dos outros animais, pois também a sociedade humana é regida pela lei da selva, onde impera o mais forte. É certo que, para se distrair, o Homem cria histórias em que o Mundo é perfeito, em que o próprio Homem é perfeito. Onde não há maldade, onde apenas existe harmonia e felicidade.
Porém, todos sabemos que contos de fadas não existem; apenas existe a realidade e nós. E nós nunca fizemos nada para mudar a nossa realidade. Nós nunca fizemos, até 2012. Pois este é o ano em que o Homem vai dar um pequeno passo para um rumo melhor, vai ser o ano em que a justiça vai prevalecer e vai ser o ano em que, finalmente, mostramos às nossas crianças que afinal o Mundo não é um campo de batalha e cujo nosso único propósito não é singrar a todo custo. Este vai ser o ano em que a Humanidade se vai juntar para eliminar uma fracção de todo o mal que existe. Vamos mostrar às nossas crianças e a nós próprios que, afinal, o bem vence o mal e que não há nada de mal em ter fé num mundo melhor, pois isso não fará de nós pessoas inferiores ou mais fracas. Este será o ano em que todas as pessoas marcarão a sua presença na luta que, certamente, irá marcar as nossas vidas; não só pelo facto de eliminarmos um criminoso, mas pelo facto de sabermos que tornámos o Mundo um lugar melhor.
Joseph Kony, para além de ser o criminoso mais procurado do mundo devido aos seus hediondos crimes, em que durante 26 anos raptou mais de 30 000 crianças para se tornarem seus soldados, apenas para estabelecer o seu próprio poder, representa para todos nós um ponto de viragem. Porque vai ser este ano, 2012, em que o Homem vai capturar e travar Joseph Kony e com isso restabelecer um pouco da paz por que todos ansiamos. Vai ser o ano em que iremos fazer história, através da união e da persistência, ao travarmos um vilão e toda a sua crueldade. Podemos não ser o Super-Homem ou o Batman, podemos não possuir qualquer poder especial que nos torne heróis, mas temos a capacidade de nos unir e de lutar todos pela mesma causa. Lutaremos pela justiça e por um futuro melhor para nós e para os nossos filhos. Este ano, vai ser o ano em que a Humanidade vai ser testada, e o destino está nas mãos de cada um de nós.
Joseph Kony representa um grito de alerta para todos nós; representa todo o mal actual da sociedade, o poder, a corrupção, a guerra, a morte, e está na hora de todos nós mudarmos a mentalidade humana. Já todos nós sofremos das atrocidades que o Homem é capaz de fazer, e a prova disso está na história da Humanidade. 2012 será o ano em que iremos provar a nós próprios que não é apenas nos romances que o bem vence, porque 2012 ensinar-nos-á que podemos mudar o nosso destino se assim o desejarmos.
Iremos provar que afinal há esperança para a Humanidade.



Reportagem Kony 2012- duração 30 minutos
 (legendado)


Angêla, 12º A

terça-feira, 1 de maio de 2012

"A mim, o que me preocupa é o que me rodeia" - a desumanidade



Preocupação:
s. f.
 
  1. Estado de um espírito ocupado por uma ideia fixa a ponto de não prestar atenção a nada mais.
  2. Inquietação.
  3. Desassossego.
  4. Pressentimento triste.


Muito honestamente, e porque o tema exige honestidade, não gosto de falar do que me preocupa, muito pelo contrário, prefiro nem demorar o pensamento por essas paragens.
O que nos rodeia, o que vemos e sabemos, preocupa-nos, pelo menos à maioria. E o que sabemos tira-nos o sono; o que não sabemos, não. Mas a mim tira-me o sono saber que há coisas que eu não sei e, mais que isso, saber que se eu as soubesse, elas me tirariam o sono.
Não há nenhuma circunstância na realidade que me preocupe, é esta mesma realidade que me preocupa, todo este egoísmo a que soa a palavra Humanidade. Admito, perdi a fé na Humanidade. As pessoas não são apenas aquilo que o mundo fez delas, ou o que as outras pessoas fizeram delas; são igualmente o que decidiram fazer com isso. Podemos sempre ser melhores, basta querermos. Mas hoje em dia ninguém parece querer… O conceito de indivíduo tornou-se a nova máxima. Pensamos sempre em nós primeiro e só depois nos outros, como se as duas coisas fossem inconciliáveis. Desistimos facilmente das relações com os outros, logo às primeiras contrariedades, por não sermos capazes de fazer sacrifícios, de ceder, de pensar um pouco no outro também. Parece que toda a ideia de relacionamento traz mais a perder que a ganhar.
E isto preocupa-me porque um dia, não tão longe assim, eu vou estar a trabalhar. E aí, que tipo de pessoa serei? Um fardo para o meu país, ou alguém que tenta fazer dele um lugar melhor, não só para nós, como para os nossos filhos e os filhos dos outros? Não tenho intenção de ver o meu nome marcado na história, mas quero sim fazer algo de útil, algo que mude o mundo, algo que contribua para a minha felicidade, mas também para a dos outros.
Não quero que as gerações que venham a seguir à nossa sejam como a que gere o mundo atualmente, que se queixa de crises, de perda de benefícios, quando metade do mundo não sabe o que isso é porque nunca teve nada! Não digo que não devemos lutar pelos nossos direitos, mas devemos lutar também por quem não tem meios de o fazer.
Sim, sou uma sonhadora, e sim, há dias em que não consigo adormecer porque tenho medo de me tornar como o resto do mundo, quando toda a vivacidade própria da idade desaparecer. Mas isso quer dizer que as coisas não me são indiferentes, certo? 
Então, sim, vale a pena.



Inês Silva, 11º A



"A mim o que me preocupa é o que me rodeia" - o Medo



Metu *


Na desordem das minhas ideias, podia refletir acerca de inúmeras coisas que me preocupam e que deveriam preocupar a Humanidade. Contudo, ultimamente, tenho percorrido uma ideia que me despertou um interesse invulgar, por ser algo que julgo, ou julgara, natural ao ser humano como a própria existência.
Na realidade, apercebo-me cada vez mais nos meus ínfimos dias de existência que tenho medo. Um medo absurdo que me encanta… onde me perco entre as letras a pensar. Penso na vida, de como é feita de infinito, de sonhos e momentos e imperfeição, mas também de tempo. Tempo este que corre velozmente, e que o ser humano tende a preencher de cansaço, de rotina, de desgaste emergido de dilemas e egoísmo.
Naturalmente, temo a vida pois sinto que faz parte do mecanismo dos corpos e da existência. O meu pensar constante é o medo de esquecer aquilo que quero fazer de mim. Tenho medo de esquecer de contemplar o céu; esquecer de caminhar com o vento, sentindo os líquenes dos muros que percorro com as mãos, e de sentir o mar na minha face; perturba-me, um dia, deixar de apreciar o sol gélido nas manhãs de inverno; tenho pavor do dia em que deixar de dar valor à liberdade que me foi concedida, menosprezar os que amo e deixar de procurar caminhos…
A humanidade está a tornar-se arguciosamente desumana. O ser humano diz-se diferente dos restantes seres, não só por ter possibilidade de racionalizar, mas também por ter a capacidade de amar e aprender. Amar a vida e aprender a olhar o que nos rodeia. Eu reconheço o meu medo de perder a minha natureza; medo de esquecer de buscar o melhor do que me rodeia e buscar o que deveras é melhor para outrem.  O medo enigmático e fascinante de deixar de valorizar as ínfimas simplicidades que alimentam a minha vida e o meu viver. Mas será que os demais, obras do Cosmos, realmente procuram o amor da simplicidade do outro e se procuram? Nos dias que correm esquece-se, não da hora em que o dia nasce, mas sim da melhor hora para ver o dia nascer. Atualmente, menospreza-se o sorriso dos povos. Atualmente, perde-se a subtil capacidade humana de obter a felicidade nos mais simples acontecimentos da vida.

Não é difícil viver, assim como acredito que não seja difícil morrer. Difícil é viver a vida mantende-nos íntegros a nós mesmos e morrer plenamente feliz.



“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios.
 Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.”
 Charles Chaplin


* Metu:  medo (termo latino)

Catarina, 11º A

"A mim o que me preocupa é o que me rodeia" - Futuro




OLHAR O FUTURO









 Tenho um propósito, tenho objectivos na vida. No entanto, preocupa-me esta noção de um futuro, esta inquietação em ter que estudar para o ter, dignamente. Na realidade, acho que nunca terei preparação suficiente para o enfrentar, nem tão pouco em subsistir nele, dado os tempos que se avizinham. No entanto, não me livro de tarefas árduas no quotidiano que levo. Acordar cedo, trabalhar, raciocinar, aprender e reaprender. Não é um passatempo. São as cartas com que tenho de jogar para encarar o misterioso futuro. Preciso de jogar com o baralho todo. Já faz algum tempo que tenho que ler livros, organizar cadernos, carregar a mochila e ter que ouvir as pessoas experientes que nos ensinam, a nós alunos, e que nos preparam para a vida lá fora. Essa vida é “difícil”, todos o dizem, mas só quando a enfrentarmos é que saberemos o que nos haviam dito. Entenderemos melhor as palavras poupança, trabalho, esforço, preconceito, austeridade e outras mais. Mas todos sabemos que certos conhecimentos académicos nos acompanham, ficam para a vida e para tudo o que nos rodeia… As notas apenas permanecem no currículo. Só mais tarde aprenderemos a valorizar a escola e o que ela nos trouxe. Não interessa quantas críticas lhe fazemos agora, quando ela desaparecer da nossa rotina, sentiremos falta… Só entenderemos, de um jeito que não podemos entender agora, quantas oportunidades tivemos enquanto jovens. E o arrependimento vem sempre depois… Um peso amargo que carregamos quando olhámos para trás e vemos as possibilidades que passaram por nós. Mas sou jovem, ainda há tanto para viver, descobrir, sentir e experimentar que sinto o frenesi desta louca idade ainda antes de outras aventuras surgirem. Sei que a vida que agora levo, a vida de um estudante, é uma preparação para a vida adulta… todas as aprendizagens, descobertas, emoções fortes e tudo o que sentimos nesta tenra idade ensinam-nos muito. 
Mas deixem-me dizer, os adultos são apenas adolescentes crescidos… A única diferença entre nós e eles é que eles sabem esconder melhor os seus medos. Já nós, exprimimo-los de todas as formas, não receamos até o erro e nem sempre estamos prontos a corrigi-lo.

(A partir do assunto de uma reportagem SIC)





"A mim, o que preocupa é o que me rodeia" - a Juventude.



 “A juventude é o futuro da nossa nação”








Youngsters, as we say, are the future of any nation; they are the strong shoulders on which the hopes and dreams of their elders rest. Old-timers leave it to the young to take on from where they took off. Youth is always seen as a force guiding a country towards progress and profit.”


Os jovens são, atualmente [?], a esperança do futuro de muitos países. Os jovens pensam, os jovens estudam, os jovens trabalham, os jovens agem, os jovens executam. Ser veterano já pouco é motivo para se ser valorizado. Os velhos são restos de um país atualizado e são cada vez mais descaradamente trocados por pessoal mais “adaptado”.
Quanto a este aspeto não há nada a fazer, pois são estes mesmos jovens que estão cada vez mais aptos para fazer novas descobertas, são eles quem, eventualmente, têm a capacidade para resolver profundos problemas atuais. Por estas razões, a juventude é vista como a chave para o nosso futuro, mas isto pode não ser assim tão claro para todos.
Enquanto que, por um lado, cada vez mais cedo os alunos têm de se aplicar mais para poderem ter melhores resultados, de forma a poderem ingressar numa universidade ou arranjar um trabalho rentável, também cada vez mais, muitos destes se preocupam menos com o seu futuro, aquilo que eles virão a ser um dia, o seu contributo para a sociedade, para si mesmos.
Isto é preocupante. Adolescentes que pouco querem saber do ensino, que pensam que é a deambular que terão um futuro libertino [?], que é a “socializar” que descobrem o que farão da vida em adultos, que é por fumar que alguém por eles tem respeito. E tudo isto para quê? Para assumirem, em jovens, uma postura que os leva à ruína mais tarde? Para serem conhecidos quando são novos por serem “fixes” e, tardiamente, por serem miseráveis?
A crise económica, os problemas ambientais, as desigualdades sociais, entre outros problemas, são esperados de serem solucionados pelos mais novos, os “cérebros frescos”. É necessário não os deixar entrar neste estado de contínua decadência, fazer com que eles se interessem, motivá-los, mostrar-lhes que não só a ajuda deles é preciosa, como também, se já com empenho muitos deles têm dificuldades em assegurar um futuro, quanto mais se estes se deixarem desleixar.


Pedro Jorge, 11º A

"A mim, o que me preocupa é o que me rodeia"





Eu e os meus pensamentos…



Somos tão pequenos que parecemos inválidos, inúteis (mas enganamos bem, pois conseguimos causar muitos problemas). Às vezes, penso se existirá uma entidade divina. Não me estou a referir a um Deus em concreto, mas não vos parece estranho tanta coincidência numa só vez? O facto de não estarmos muito próximos nem muito longe do sol, de o nosso planeta ter a massa certa, de termos atmosfera, de existir gravidade, etc... Há pessoas que acreditam em Deus, mas, a meu ver, acreditam que exista Deus, por receio. Por exemplo, a maior parte das pessoas que vai à missa, fazem-no porque querem ir para o “paraíso”, estas não vão à missa por terem fé, mas porque querem, quando morrerem, uma vida eterna no “paraíso “. O paraíso (para quem não sabe) é para onde as pessoas católicas pensam que vão quando morrerem, mas eu acho isso (o paraíso) estranho… É assim: nós sabemos o que é bom quando conhecemos o que é mau (e vice-versa) e, supostamente, o paraíso é bom, tudo o que tem lá é bom (segundo dizem). Vocês conseguem imaginar um mundo só com um lado (lado bom)? Eu não consigo, acho demasiado entediante. Por exemplo, eu quero uma coisa e esforço-me para obtê-la e outra pessoa tem a mesma coisa, só que não se esforçou nada para obtê-la. Eu vou valorizar mais do que a outra pessoa, nós valorizamos mais aquelas coisas que nos dão mais esforço obtê-las, e portanto, se no paraíso é só coisas boas, nós vamos ter o que queremos na hora, sem esforço, e eu acho isso esquisito.
Bom, mas antes de ir para o paraíso (e se for, porque depois de escrever isto, acho que não me deixam lá entrar) eu tenho que passar pela MORTE. Gostava de conhecer melhor este fenómeno, porque acho que se o conhecesse melhor não teria assim tanto receio, aliás, acho que todas as pessoas deviam saber um pouco mais sobre a morte, porque quanto mais sabemos de uma coisa temos menos receio desta, para nos familiarizar mais com ela.



Sofia Lomar, 11ºA

“A mim o que me preocupa é o que me rodeia”- Amizades


A mim, preocupa-me a indiferença com que as pessoas se tratam hoje, a falta de empatia pelo outro, a falta de compaixão. 
Hoje em dia, é difícil podermos dar a nossa vida por outra pessoa, porque são poucas as que fariam o mesmo por nós, na hora da verdade [???]. Raramente se vê uma pessoa ajudar outra sem esperar nada em troca, são poucas as pessoas que podem olhar nos olhos da outra pessoa e dizer "eu dei tudo por tudo". Amigo, esta é uma palavra que parece que o seu significado vai mudando com o tempo. Amigo é alguém que está ao teu lado quando precisas para te ajudar, não para te deitar abaixo, é alguém que fica do teu lado numa discussão, independentemente de quem está do outro lado. Amigo é fazer o que o próprio não faz, porque não pode ou não consegue, e apesar de saberes que pode acabar a amizade, o amigo faz, porque sabe que é o melhor, apesar de o outro não o ver. 
O que aconteceu ao respeito pelo próximo? Na minha opinião, as pessoas, hoje em dia, pensam demasiado em si, fazem o que é melhor para elas sem pensarem nas consequências que isso terá nos outros…Afastam-se e aproximam se como se não fosse nada.