Este é um espaço para os meus alunos de Português... os que o são, os que o foram... os alunos da Escola Secundária de Barcelos... (e seus amigos que, se "vierem por bem", serão muito bem recebidos!)... Poderá vir a ser um ponto de encontro, onde a palavra escrita imperará, em liberdade, criativamente, para além das limitações da sala de aula, porque acreditamos que escrever não é "um acto inútil"... inútil é calar.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
A Doença do Povo
Hoje, aqui estou eu, stressadamente sentada, roendo já as unhas, tudo porque penso, penso e chego a conclusão nenhuma. Já não sei o que pensar. Será que esta “doença” tem cura?
Grande parte de vós, senão todos, não faz ideia do que eu estou a falar. Pois bem, passo a explicar: não têm reparado que a nossa querida sociedade apresenta sintomas de uma “doençazita”? Nada de grave… Por agora! (Pois temo que, se os sintomas persistirem ou piorarem teremos, urgentemente, que consultar o nosso médico assistente.) Já se lembram que doença é? Não tem nome científico, mas é vulgarmente conhecida por “perda de valores”. Os sintomas são vários. O primeiro, e que eu considero mais grave, é a falta de educação. Os “novos pais” de hoje não sabem educar os seus ricos filhinhos. Não lhes dão atenção e, para compensar, também não lhes dão educação! Tem piada! Deviam saber equilibrar as coisas. Imaginem só que, aqui há uns dias atrás, estava eu na praia quando, de repente, vejo um miudinho a atirar manadas de areia à mãe, ela no seu “amor de mãe” ria-se. Que feliz que estava…Por estar com os olhos cheios de areia! Não me espantará daqui a uns anos que este mesmo miudinho esteja a bater à mãe. Será que ela se vai rir nessa altura? Dantes não era nada disto, as crianças tinham educação e respeitavam os seus pais. Depois, há também a falta de civismo crescente. Um dia, vou eu a caminhar pela rua, e pimba!, fico com o pé preso ao chão. Que lindo! Uma pastilha elástica! Será que não há caixotes do lixo? Ou será que as pessoas perderam o sentido do que é ou não correcto?
Não nos podemos esquecer, também, do egoísmo das pessoas. Hoje em dia, as pessoas têm uma certa dificuldade em pensar nos outros. Querem as coisas sempre à sua maneira. É como se fosse uma cegueira geral em que cada um só se vê a si próprio. Terá isto cura? Estes são apenas alguns dos sintomas, e nem todas as pessoas os apresentam.
Não nos estaremos a esquecer do passado? Passado esse em que não havia estes sintomas, pelo menos, não nestas proporções? Será que, ao esquecer o passado, não estaremos a estragar o futuro? Será que comentários como “o povo português é tão amável e acolhedor” vão desaparecer no futuro? Temos uma doença. A questão é: haverá cura?
Bárbara 11ºB
11/05/08
Etiquetas:
crónica de costumes,
Portugal,
sociedade
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