quinta-feira, 29 de maio de 2008

As Velas e os Monstros





Quem pensa ter encontrado um erro no título engana-se. Este não é o famoso conto com um final feliz “A Bela e o Monstro”. Muito pelo contrário, nesta história não há final feliz, até porque isso raramente acontece nos filmes de terror ou naqueles filmes lamechas que tentam mostrar a realidade.
Da realidade passo eu a falar. Apesar de ser rapariga, tenho de admitir que já nem todas somos belas. Agora, podemos chamar-nos velas. Eu passo a explicar: se antigamente “gordura era formosura”, agora, ser um pouco mais “cheiínha” já é motivo suficiente para se ser o “bombo da festa”. Quem já não viu ou gozou com uma rapariga, só por ela ser um pouco mais “cheiínha”? Toda a gente viu. Toda a gente vê. E isso causa tanto transtorno que as raparigas de agora decidiram emagrecer de tal modo que surgiram doenças como a anorexia e a bulimia. Pois bem, não acham que as raparigas se assemelham a velas? Figuras esguias cheias de cera na cara… sim, cera… Ou nunca repararam na cara de praticamente todas as raparigas de agora? Estão completamente besuntadas com cremes… A cara é uma autêntica camada cerosa para cobrir as imperfeições. Pois bem, a mim uma figura esguia coberta de cera faz-me lembrar uma vela… e a vocês?
Pois bem, passemos ao resto do título - os Monstros. O da história era feio, mas lá ficou jeitoso, mas os de agora… Deve ser moda, só pode… Quem ainda não viu um rapazito porreiro tornar-se numa aberração destas: um dia, até que era jeitoso, no dia a seguir, parece sair de algum desenho animado dos mais reles. Cabeça à ” skin head”, cara toda furada por pontinhos de metal a que chamam “piercings” e com corpo todo pintado com as chamadas “tatuagens”, que muito exibem. Estes são Monstros autênticos.
É claro que generalizei um “bocadito”. Nem todas as raparigas são Velas e nem todos os rapazes são Monstros, mas começa a chatear-me que neste Monstruoso mundo, tenhamos cada vez mais belas sociedades cheias de Velas e, nesta sociedade que se começa a tornar Monstruosa, surjam tantos Monstros.



Natália, 11ºB

Sem comentários: