terça-feira, 13 de maio de 2008

Sábios enSaios Sobre Singelos Semblantes


“Aos Belos o Mundo pertence”, frase incontestável, mais ainda nos tempos que correm do que quando foi dita pela primeira vez, por qualquer Wilde ou Victor Hugo, apesar de não estar a citar directamente… apesar desta certeza à qual me cheira que me garante que já alguém de exacerbado génio, em algum momento da História, o tenha dito.

Enfim, isto para dizer o quê?

É ainda o belo, e não o intelecto, [como deveria ser, se não por qualquer outra razão, para dignificar os pobres humanóides que morreram para se tornarem nos degraus, que prontamente calcamos tendo em vista a evolução], o “supremo-tribunal” que dita a sina de uma pessoa quando esta procura estatuto social, emprego ou uma abébia por parte de um qualquer (digno e incorruptível, não haja dúvida) agente de segurança pública, pois, afinal de contas, quem entre nós não se embrandece com a clemente exposição de um qualquer imaculado seio a estes solarengos ares? Enfim, pormenores, pouco interessam… Em grande parte pelo pouco de raros que ainda são…

Mas, curiosamente, esta pequena dissertação nada tem a ver com o cerne do meu trabalho, bem, talvez um pouco, deixo-vos a tarefa de descobrirem até que ponto o que antecede este frase vem ao encontro do que se lhe seguirá.

Tenho vindo a reparar num fenómeno, quase tão interessante como degradante, no qual assenta a génese de pequenas “tribos” urbanas, que, quer pela música que ouvem, ou tocam, quer pela roupa que usam, quer pelos aparatos de circo com os quais brincam, e até mesmo pelas drogas que consomem, se tentam separar a todo o custo do “todo” da sociedade, que até a estes, bem, inocentes, parece cinzento…

Mas qual o resultado disto?, bem, aos meus olhos, e aos olhos dos que conheço cujo comportamento e gostos se pautam de uma certa constância e imperturbabilidade face [termo que eu tanto odeio, mas me vejo obrigado a usar por falta de alternativa melhor] às “modas”, o fruto desta constante procura por uma posição mais perto do arco-íris leva a uma tal volubilidade ou versatilidade que se torna bastante difícil reconhecer o mesmo sujeito em espaços de tempo tão curtos como um mês, e, face às múltiplas e rudes mutações, torna-se mesmo difícil, pelo menos para mim, acreditar que o cepo humano se queda o mesmo, inviolado nas superfícies guturais onde a opinião externa não pertence.

Um órgão preponderante desta besta à qual previamente chamei “fenómeno”, é a ideia que [e não faço ideia de onde isto nasceu, pelo disparatado que me parece] a adopção de coisas frívolas {quando comparadas com a alma humana} [e nos meios aos quais me refiro, não pretendo insultar todos cujos desígnios coincidam, aparentemente, com o que critico, digo desde já que algumas das escolhas são em mim verificáveis, mas foram plantadas muito antes do Tribal Boom (perdoem-me a expressão, mas julgo que se entende facilmente)] como uma série de piercings, tatuagens, calças à Batatinha, ou um certo estilo de música (tema que vou desenvolver no meu próximo e talvez penúltimo parágrafo) possam dar uma importância ou estatuto social a alguém cuja própria natureza, por mesquinhas que sejam as mentes, é à partida um ser muito mais importante que qualquer acessório. E já que disto falo, deparei-me há já alguns meses com o aparecimento de umas “Elites Culturais”, com suas próprias línguas e vestimentas e que, salvo a possibilidade de se reunirem em seus quintais para discutir algo que nos ultrapasse, escolheram mal o nome... mas enfim, não me parece tema que mereça ser desenvolvido, recuso-me a desperdiçar as, para mim, sagradas letras, estando já estas em perigo por qualquer Acordo acordado (passo o pleonasmo) entre uns desgraçados que não distinguem um Nepalês de um Somali se nenhum deles tiver passaporte.

Música, talvez a arte mais fustigada pela desenfreada procura de, bem, várias coisas, algo entre aceitação e respeito, passando pela procura das raras “Grupies” genéticas que só querem algum machito que outras, e outros, desejem. Isso e ocupar um lugar privilegiado nas hierarquias que se resumem a um grupo de amigos que inclui músicos “domingueiros” que reivindicam audiências quando o seu propósito é algo inferior à criação artística. Perdoam-me, seguramente, as constantes repetições de vocabulário mas, no que diz respeito à música, a tal volubilidade ou versatilidade pelas quais se torna bastante difícil reconhecer o mesmo sujeito em espaços de tempo tão curtos como um mês, é ainda maior quando se atenta à música que se ouve, e com as alterações nos gostos (apesar destas mudanças nada terem a ver com gosto) musicais. Há roupas e acessórios de todo vitais, (como se o órgão receptor das ondas de som provindas de uma qualquer escarpada melodia dos Celtic Frost fossem as biqueiras de aço), que revertem prontamente para a diluição da pessoa por entre as escolhas que a solidão, na grande maioria dos casos, impõe como cura dos males de um espírito fraco e lamacento, que já nada de honroso tem para lá do legado que assenta nos seus ombros, já do fardo esquecidos…

Enfim, restam-me poucas palavras para adicionar a este Sábio enSaio, sendo que o único fruto que dele espero são duas reflexões e uma pequena, mas muito necessitada, catarse, porque devido aos inúmeros pedidos de todos, professora, algumas das ideias não serão de propagação oral e directa, como talvez devessem, não para saciar a minha malvadez, mas para tentar regar e resguardar alguns cepos que se tornaram do domínio público.

P.s.

Peço perdão pelos inúmeros parêntesis, mas vejo-me forçado a eles, dada a articulação do meu discurso interno.

24 comentários:

Fátima Inácio Gomes disse...

Esse teu "discurso interno", jovem escorpião, deve deixar os parêntesis e verbalizar abertamente!
... publicado a... 13 de Maio?!?! *the twilight zone*

Scorpionster disse...

wow... talvez seja da falta de sono mas isso passou-me completamente ao lado...
enfim, we have confirmation, este conta x)


quanto aos parêntesis, não sei que lhe faça, penso em frases estupidamente grandes, ou escrevo de forma diferente à qual penso(suicídio literário) ou sai disto... mas enfim, talvez eu cresça para lá disto...

Fátima Inácio Gomes disse...

Crescerás sim, muito para lá... tens todo o potencial. Basta domesticar o vulcão... mas as forças da natureza não se domesticam, pois não.... :D

Cláudia Amorim disse...

"Basta domesticar o vulcão..."
isso sobrepuja as capacidades scorpionsterianas.
No entanto...
Previsão e Prevenção:
A previsão de erupções vulcânicas pode minimizar os riscos do vulcanismo, principalmente no que se refere à perda de vidas humanas.
-Identificar se o vulcão está activo, adormecido ou extinto;
-As pessoas devem manter-se afastadas do vulcão em actividade
- Antecipar o padrão de escorrência da escoada de lava %&6873#"
-Proteger os olhos e as vias respiratórias, devido à emissão de gases e poeiras.


Bj

Fátima Inácio Gomes disse...

Não te trates, não!... para vulcanóloga falta-te o sangue frio

Scorpionster disse...

ah,,, que moca... sinto-me lisonjeado e posto de parte...
awkwardly interesting... :D

Cláudia Amorim disse...

O javardo,o irascível , o vulcão do scorpionster quer miminho!!!

Scorpionster disse...

o javardo ferra, o vulcão queima e o irascível desdenha...

olha lá...

Cláudia Amorim disse...

ahaha


scorpionster és um Ega Brunior!!

Fátima Inácio Gomes disse...

"o javardo ferra, o vulcão queima e o irascível desdenha..."

Olhó axiomaaaaaa fresquinho!!!! :D

Scorpionster disse...

é, deveras...

but nonetheless, just to make sure she got it...

claudinha, vai ler historias de deuses gregos e vê do que são feitos os pesadelos deles, depois pensa que essa tal coisa coisa, pois bem, está para a consagração da minha fúria como canela para bolinhos ...

Cláudia Amorim disse...

"just to make sure she got it..."
ahah

eeee ouve lá és pior có Sísifo foge


ôcé quer é cócega atrás da orelha
...não engana ninguém

Fátima Inácio Gomes disse...

Olha mandar a menina ver de que são feitos os pedadelos dos deuses!... tsstss... não se faz!

Nuno Areia disse...

que pouca vergonha...!

Scorpionster disse...

até que enfim pá...

agora tá 2 X 2...

ainda bem... começo a julgar-me alvo de zombaria... xD...

mas não há de ser nada...

O CÓDIGO PENAL PORTUGUÊS É IMPOTENTE!!!!
mas isto é outra historia...


yes, gods, and the evils that they conjure up to avenge our delightfully short existence...

e acho que se a cozinha francesa for declarada património mundial, as açordas, bacalhau à zé do pipo e arroz de sarrabulho merecem lugar de destaque...

ui... isto hoje é só treta...

Cláudia Amorim disse...

"até que enfim pá...
agora tá 2 X 2..."

errata: 3 X 1
**desembainha a espada e diz:
- D. Nuno Areia é meu aliado!
E ficai sabendo que, em minha defesa, é capaz, é capaz de...de chamar-vos um nome menos bonito! Isso, agressiva e dolorosamente menos bonito, a tangenciar o FEIO!!
Temei!

Oh e agora não adianta chorardes. As vossas lágrimas exultam a malvadez da minha cólera.

Ide-vos e não apareçais diante de mim sob pena da minha ira!

muahhh


"O CÓDIGO PENAL PORTUGUÊS É IMPOTENTE!!!!"
eu espero q isso ñ seja aquilo que...*rolling eyes*


**scorpionster tens de tomar o xarope todos os dias, sñ isso não passa...ai! abre lá a boca pró aviãozinho

Scorpionster disse...

tava a falar de géneros, 2 X 2... e tende fé, que o meu caro ainda sucumbirá a uma qualquer epifania pela razão regurgitada e trocará de equipa...


mas se andas prá'í a meter noijo, hoje li um poema do pessoa que sei tu nunca teres lido...

agora, abre a boquinha e conta os dentes pra fazer registo, se isto continua assim vai precisar de esquadrões G's pra te remobilarem a boca...

not rolling eyes, throbbing eyes if you will...

Cláudia Amorim disse...

"e trocará de equipa..."
Blasfémias!!! Sua cavalgadura falante, armário de embustes!
como ousais cuspir tais heresias?

"mas se andas prá'í a meter noijo, hoje li um poema do pessoa que sei tu nunca teres lido..."
*comovente

Oh bruninho ñ fica rancoroso...
tu tabes q tás no meu colação, num tabes?!

...mas às vezes tenho de expressar o asco hediondo e imundo q sinto pela sua pessoa. allez trocadilho allez



nha que se há-de fazer...

Scorpionster disse...

"nha que se há-de fazer..."



açordas...

Nuno Areia disse...

devo dizer que n tomarei partido...

Anónimo disse...

fazes bem...acho que vou precisar de pipocas para ver onde isto vai dar

Scorpionster disse...

bro's before ho's sandman...

bro's before ho's...

keep it in mind...












não sei porquê mas começo a lembrar-me dos massive attack... xD

Fátima Inácio Gomes disse...

... e eu de batatas... vai lá saber porquê!... *evil mode*

Scorpionster disse...

porque me tortura!!!!!

bah...



(13 de maio? well, maybe it's becouse th... Oh!!! that... ok...)





{([chiça, este demorou... se é que é desta...])}