domingo, 15 de março de 2015

Da Imagem - Religiões - por Lara Silva





Leitura da imagem:

A imagem transmite ao leitor uma devoção, uma fé e uma defesa de crenças. Supostamente, um homem com um lenço que espalha a sua fé. Cristo refletido num lenço com cores quentes no intuito de se destacar para um todo. Salienta-se o dedo a apontar para a dicotomia entre o bem e o mal, representados pelas personificações do coração e do fogo (o diabo), fazendo-me lembrar o teatro Gil Vicentino, a famosa representação de duas barcas a do anjo que representava o bem e a do diabo que representava o mal. Talvez o objectivo deste homem seja levar a palavra de Deus a todos, daí o lenço com esta imagem alegórica.


Texto argumentativo:

Tudo será possível em nome da fé? Será tudo possível em nome de um Deus? Questões como estas cada vez mais permanecem no nosso quotidiano. Interrogo-me se será legítimo a dor e o sacrifício em nome de um Deus?
Após a segunda guerra mundial, novos cultos e religiões despertaram no mundo inteiro como cogumelos no chão: novos movimentos pretenderam mudar a Europa, exemplos de seitas religiosas que se autoproclamavam, seitas protestantes, salvadores do catolicismo, ou grupos religiosos de influência muçulmana, adeptos de uma ideologia que os consome e os faz viver. No entanto, até que ponto tudo é legitimo em prol da espiritualidade? A título de exemplo, o fundamentalismo é um princípio ligado à interpretação de um livro sagrado. O seu objetivo é interpretar a escritura sagrada. No ambiente católico, a autoridade é a igreja e esta garante a interpretação da escritura sagrada. Em contrapartida, noutras religiões esta é feita de uma forma mais tradicionalista. Refiro-me ao fundamentalismo islâmico, que leva à revolução islâmica, e se caracteriza por um estado puritano, protestante, fundamentalista em qualquer estado, que insiste na expressão severa da fé. Porém, serão estes fundamentalistas toleráveis e aceitáveis?
A tolerância é o reconhecimento da igualdade de direitos no plano de diferentes comunidades. Ao olhar para a imagem não quererá esta personagem tentar impor a sua fé aos outros? Com que olhos a deveremos interpretar no sentido em que existem outras religiões? Ao ver uma caricatura de Maomé, interrogo-me se não será legítimo fazê-la em nome da liberdade. Uma imagem poderá fazer a paz como também a guerra. Olharmos para esta não será um convite à bondade, à caridade ou ao dogmatismo defendido? Quando falo neste dogmatismo quero mostrar histórias de mártires, de guerras que se impõem aos sacrifícios. É este o fundamentalismo que retira a liberdade a muitas mulheres, que as obriga a usar uma indumentária sem o brilho dos sapatos cor-de-rosa e os ganchos de cabelo vermelhos. É este o fundamentalismo que impõe uma versão rígida de um islão.
Defendo o Multiculturalismo, sendo assim, sou adepta da convivência de todos os povos, por isso fico perplexa com as regras e crenças que vigoram ainda. Aprenda-se a tolerar! 


Lara Silva, 12º C

Sem comentários: