Leitura da imagem:
A imagem transmite ao leitor uma
devoção, uma fé e uma defesa de crenças. Supostamente, um homem com um lenço que espalha a
sua fé. Cristo refletido num lenço com cores quentes no intuito de se destacar
para um todo. Salienta-se o dedo a apontar para a dicotomia entre o bem e o
mal, representados pelas personificações do coração e do fogo (o diabo), fazendo-me lembrar o
teatro Gil Vicentino, a famosa representação de duas barcas a do anjo que
representava o bem e a do diabo que representava o mal. Talvez o objectivo deste homem seja
levar a palavra de Deus a todos, daí o lenço com esta imagem alegórica.
Texto argumentativo:
Tudo será possível em nome da fé? Será
tudo possível em nome de um Deus? Questões como estas cada vez mais permanecem
no nosso quotidiano. Interrogo-me se será legítimo
a dor e o sacrifício em nome de um Deus?
Após a segunda guerra mundial, novos
cultos e religiões despertaram no mundo inteiro como cogumelos no chão: novos
movimentos pretenderam mudar a Europa, exemplos de seitas religiosas que se autoproclamavam, seitas protestantes, salvadores do
catolicismo, ou grupos religiosos de influência muçulmana, adeptos de uma
ideologia que os consome e os faz viver. No entanto, até que ponto tudo é legitimo
em prol da espiritualidade? A título de exemplo, o fundamentalismo é um princípio ligado à
interpretação de um livro sagrado. O seu objetivo
é interpretar a escritura sagrada. No ambiente católico, a autoridade é a
igreja e esta garante a interpretação da
escritura sagrada. Em contrapartida, noutras
religiões esta é feita de uma forma mais tradicionalista. Refiro-me ao
fundamentalismo islâmico, que leva à revolução
islâmica, e se caracteriza por um estado puritano, protestante, fundamentalista
em qualquer estado, que insiste na expressão severa da fé. Porém, serão estes fundamentalistas toleráveis e
aceitáveis?
A tolerância é o reconhecimento da
igualdade de direitos no plano de diferentes comunidades. Ao olhar para a
imagem não quererá esta personagem tentar impor
a sua fé aos outros? Com que olhos a deveremos interpretar no sentido em que
existem outras religiões? Ao ver uma caricatura de Maomé, interrogo-me se não será legítimo
fazê-la em nome da liberdade. Uma imagem poderá fazer a paz como também a
guerra. Olharmos para esta não será um convite à
bondade, à caridade ou ao dogmatismo defendido? Quando falo neste dogmatismo quero mostrar
histórias de mártires, de guerras que se impõem
aos sacrifícios. É este
o fundamentalismo que retira a liberdade a muitas mulheres, que as obriga a usar uma indumentária sem o brilho
dos sapatos cor-de-rosa e os ganchos de cabelo vermelhos. É este o
fundamentalismo que impõe uma versão rígida de um islão.
Defendo o Multiculturalismo, sendo
assim, sou adepta da convivência de todos os
povos, por isso fico perplexa com as regras e crenças que vigoram ainda.
Aprenda-se a tolerar!
Lara Silva, 12º C
Sem comentários:
Enviar um comentário