domingo, 1 de março de 2015

Da Imagem - A Infância - por Beatriz Rosa





Leitura da imagem

Nesta imagem é possível observar uma figura em destaque: uma rapariga a fazer bolhas de sabão, num dia de sol. A forte luminosidade, proveniente do Sol, representa a pureza e a simplicidade, associada à inocência da criança. O facto de a criança estar de olhos fechados, mostra-nos que ela está a aproveitar o momento e a desfrutar do prazer de uma brincadeira tão simples. Apesar da restante imagem estar um pouco desfocada, é possível notar que ela se encontra rodeada de um espaço verde, transmitindo assim o equilíbrio entre a criança e a natureza.
Esta imagem transmite, assim, a inocência e a simplicidade da infância, representadas pela criança, pela sua aparência e postura; mas denota também a curta duração desta fase da nossa vida, representada pela efemeridade das bolhas de sabão.
Esta fotografia tem claramente uma função estética, porque tem como finalidade a satisfação do belo, mas também uma função expressiva, visto que a postura da criança e a sua simplicidade nos tocam e nos fazem relembrar a alegria de ser criança.


Recriação Textual:
A Infância

Infância. Talvez o tempo mais belo de toda a nossa vida. Belo, porque nos traz os mais importantes elementos para o resto da nossa existência. Na infância, a criança adquire características que, por serem tão importantes e necessárias, deveriam ocupar lugar na sua personalidade, para o resto da vida, o que nos adultos de hoje não é, muitas vezes, visível.
Uma destas características é o desejo de alcançar sempre mais e melhor e nunca desistir. Sabemos bem que uma criança, mesmo que consiga ultrapassar um desafio em que já andava a pensar há muito tempo, não pára por ali e tenta sempre superar-se a si própria e, nunca, nunca, baixa os braços! Esta posição é, de facto, contrária à atitude da maior parte dos adultos visto que, estes últimos à primeira dificuldade desistem imediatamente.
Outra característica que as crianças apresentam  é a boa disposição e a abertura de espírito para entrar em brincadeiras. O constante positivismo (sem que a própria criança dê por isso) e a constante alegria fazem das crianças a alegria de uma casa e de uma família. A criança é capaz de transmitir a sua felicidade para os que a rodeiam e fazer com que os adultos se esqueçam, por momentos, dos problemas das “pessoas crescidas”. Além disso, as crianças alinham em todas as brincadeiras, ao contrário de alguns adultos que consideram todas as brincadeiras maldosas e de mau gosto, vivendo assim num ambiente pesado e monótono.
Concluindo, neste Mundo de negativismo e pessimismo em que vivemos, fazia bem a toda a gente relembrar os valores que aprendemos na infância. Quantos adultos já não são capazes de soltar aquelas gargalhadas fortes porque fica mal? Quantos adultos encaram a vida como um adiamento constante da morte e se comportam como “cadáveres adiados”? Quantos adultos já puseram de parte a socialização com os amigos e colocaram o trabalho excessivo em primeiro lugar? Quantos adultos sem infância se refugiam numa figura carrancuda?
De facto, os adultos deveriam aprender com as crianças como aproveitar a vida e como ser feliz! Porque a verdadeira felicidade é a felicidade de uma criança inconsciente e inconsequente!

Beatriz Rosa, 12º C

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