domingo, 1 de março de 2015

Da Imagem - Rascunho - por João Pereira






Leitura da Imagem:

Nesta imagem, nós vemos um rascunho com cores escuras, onde predominam o cinzento e o preto. O formato sugere-nos um rosto e um tronco em criação, estando inteiramente riscado com traços aleatórios.

Recriação Textual:

A nível conotativo, esta imagem é muito abastada, persistindo uma porfia de pensamentos, mas, na minha opinião, a ideia mais forte é a beleza, a aparência e a mudança que nela é imposta.
Nós, que percebemos que é impossível a permanência de um só retrato ao longo da vida, fazemos figas para que as mudanças que ocorram em nós sejam positivas, não só a nível físico como a nível psicológico. Efetivamente, a beleza não é ter o cabelo longo, a pele bronzeada e os dentes perfeitos, a beleza está nos que choram e nos que sorriem. Também as cicatrizes que a guerra não deixou escapar são belas, e do mesmo modo, são as que comprovam as brincadeiras de criança. A cada sentimento, a nossa feição muda, mesmo mantendo constantes as caraterísticas visuais, afogamo-nos num eterno rascunho provocado pelo estado de espírito.
Por isso, eu penso que a beleza é uma marca herdada da vivência, as mudanças desenham-nos, moldam-nos e calibram-nos, constroem um ser, renovam-no e distinguem-no de qualquer outro.
A beleza é deixar-se viver.


João Pedro, 12º C

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