terça-feira, 3 de março de 2015

Da Imagem - Dois Mundos - por Cristiano Pereira







  

Análise da imagem

Pawel Kuczynski é um pintor polaco conhecido por fazer ilustrações satíricas. Nasceu em 1976, graduando-se em artes gráficas na Universidade de Belas Artes de Poznan. Desde a focalização na arte satírica, Pawel já ganhou centenas de prémios e distinções.
 
Na imagem que apresento, aparece uma criança, de raça branca e mais gordo, a brincar com os seus brinquedos que estão em ordem a formar a palavra apple (maçã) e outra criança, de raça negra, magra, a comer um dos cubos de brincar, que apresenta a imagem de uma maçã, simbolizando uma verdadeira maçã que ele gostaria de comer.
A ideia chave da imagem está presente nos cubos e nas estaturas e raças das crianças. A crianç branca representa a população juvenil dos países desenvolvidos, enquanto que a outra criança representa a população juvenil dos países em desenvolvimento, ou do “terceiro mundo”. Através de estes símbolos, o pintor pretende fazer crítica à diferença existente na população mundial, pois enquanto umas brincam com os brinquedos que quiserem, e até brincam com a comida, outras não têm nem para comer, e brincar muito menos. 

Recriação a partir da imagem:

“O que mais pesa no mundo são os bolsos vazios”, já não me recordo onde ouvi esta frase, mas ficou-me no ouvido.
Numa noite, enquanto via o noticiário, veio-me de súbito a memória desta citação. O caso de que falavam era da dissolução de um dos maiores bancos portugueses, o BES, centenas de pessoas viram ser-lhes roubadas as poupanças de uma vida, sim, literalmente roubadas, pelos donos desses bancos. Pessoas vis, egoístas e gananciosas que não se interessam pelos mais pequenos, vivendo focados no seu mundo de riqueza e facilidades. Assim estás o mundo de hoje, onde o fosso entre os ricos e os pobres é escavado cada vez mais pela corrupção. 
O que mais me chocou foi ver o sofrimento espelhado na cara daqueles que perderam tudo. Pessoas que investiram para ter melhores condições de vida, estão agora com a corda no pescoço, muitos estão quase sem comida para terem à mesa. No entanto, o dinheiro teve que ir para algum lado, este foi desviado para os mais ricos e corruptos, que ficam com as coisas de quem batalhou por elas e as merece por direito. De modo que eu fico revoltado com tudo isto, com a sede das pessoas mais poderosas de quererem ainda mais.
Sendo assim, o que a expressão presente no primeiro parágrafo pretende dizer é que, no nosso mundo, existem muitas mais pessoas pobres que ricas, e a riqueza acumula-se toda em poucos, havendo assim muitas mais pessoas pobres que ricas, sendo estas uma, mesmo muito, pequena parcela de toda a população mundial (tal como está, dizes que os pobres são uma parcela pequena…). Deste modo, podemos dizer que o peso é a quantidade.
Temos esse exemplo no caso que falei do banco BES, onde muita gente perdeu todas as suas economias, que foram para algumas pessoas, as que desviaram esse dinheiro, aumentando assim ainda mais o peso de bolsos vazios no mundo, pois, por cada rico, existem ainda, muitos mais pobres.
Concluindo, nós vivemos num mundo de extremos, onde tudo se acumula neles, pois alguns têm tudo e muitos nada têm, sendo isto o que Pawel Kuczynski pretende mostrar, na imagem.



Cristiano Pereira, 12º D

  

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