Reflexão sobre a imagem:
Labirinto de Espelhos
Nesta imagem é possível ver um complexo labirinto de extensão incerta,
paredes espelhadas e uma aparente enorme diversidade de caminhos.
Apesar da
fotografia em si não possuir grande significado para além do visível, esta
despertou em mim um certo fascínio, dado essencialmente às semelhanças que
encontro entre a mesma e a vida.
Ambas
intensamente caracterizadas pela sua complexidade e subjetividade, são um
reflexo das escolhas que tomamos e daquilo que somos quanto indivíduos. Fazendo
de nós os principais responsáveis pela nossa realidade, tanto na vida, como no
labirinto de espelhos.
Texto argumentativo:
A vida
Desde cedo considerei
impossível ter um total controlo sobre o que me é exterior. A única coisa em
que acredito possuir um certo autodomínio é a forma como me deixo afetar pelas
circunstâncias e como reajo sobre estas. Tudo isso é, no entanto, uma
repercussão das nossas próprias perspetivas, e estas, inteiramente dependentes das
nossas vivências e vice-versa, como um eterno ciclo que se perpetua até ao fim dos nossos dias.
Durante a
nossa existência, somos bombardeados todos os dias com novas informações, novos
conhecimentos, novas pessoas, novas realidades e,
consequentemente, novas escolhas. Temos uma
infinidade de possibilidadesx e cada decisão que
tomamosx será preponderante no nosso futuro, construindo
a nossa realidade. Abrindo e fechando portas, como um labirinto eterno e sem
saída, em que a única opção é seguir em frente, para não sermos devorados pela
culpa.
Mas como é possível não sentir remorsos, quando uma vida é sempre tão curta?
A morte é a
única certeza que temos. Num abrir e fechar de olhos, nascemos e morremos. Conscientes
dessa inevitabilidade, vivemos da melhor forma que sabemos, errando, aprendendo,
crescendo… Perenes aprendizes permanecemos, procurando continuamente um
sentido, um rumo que nos traga estabilidade, segurança e realização. Quando
começamos acreditar que tal possuímos, estamos cada vez mais perto do final da
estrada.
Quão bom seria renascer
continuamente…
Cátia Pinto, 12ºD
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