terça-feira, 3 de março de 2015

Da Imagem - Labirinto de Espelhos - por Cátia Pinto






Reflexão sobre a imagem:


Labirinto de Espelhos

Nesta imagem é possível ver um complexo labirinto de extensão incerta, paredes espelhadas e uma aparente enorme diversidade de caminhos.

Apesar da fotografia em si não possuir grande significado para além do visível, esta despertou em mim um certo fascínio, dado essencialmente às semelhanças que encontro entre a mesma e a vida.

Ambas intensamente caracterizadas pela sua complexidade e subjetividade, são um reflexo das escolhas que tomamos e daquilo que somos quanto indivíduos. Fazendo de nós os principais responsáveis pela nossa realidade, tanto na vida, como no labirinto de espelhos.



Texto argumentativo:

A vida
 
Desde cedo considerei impossível ter um total controlo sobre o que me é exterior. A única coisa em que acredito possuir um certo autodomínio é a forma como me deixo afetar pelas circunstâncias e como reajo sobre estas. Tudo isso é, no entanto, uma repercussão das nossas próprias perspetivas, e estas, inteiramente dependentes das nossas vivências e vice-versa, como um eterno ciclo que se perpetua até ao fim dos nossos dias. 

Durante a nossa existência, somos bombardeados todos os dias com novas informações, novos conhecimentos, novas pessoas, novas realidades e, consequentemente, novas escolhas. Temos uma infinidade de possibilidadesx e cada decisão que tomamosx será preponderante no nosso futuro, construindo a nossa realidade. Abrindo e fechando portas, como um labirinto eterno e sem saída, em que a única opção é seguir em frente, para não sermos devorados pela culpa. 

Mas como é possível não sentir remorsos, quando uma vida é sempre tão curta?  

A morte é a única certeza que temos. Num abrir e fechar de olhos, nascemos e morremos. Conscientes dessa inevitabilidade, vivemos da melhor forma que sabemos, errando, aprendendo, crescendo… Perenes aprendizes permanecemos, procurando continuamente um sentido, um rumo que nos traga estabilidade, segurança e realização. Quando começamos acreditar que tal possuímos, estamos cada vez mais perto do final da estrada.

Quão bom seria renascer continuamente… 



Cátia Pinto, 12ºD



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