segunda-feira, 16 de março de 2015

Da Imagem - As Crianças na Guerra - por Jéssica Vilaça






Leitura da imagem

Esta imagem pertence ao filme “ A Lista de Schindler”, é um filme norte-americano de 1993 sobre Oskar Schindler, um empresário alemão que salvou a vida a mais de mil judeus, durante o Holocausto, ao empregá-los na sua fábrica. A ação do filme decorre durante a Segunda Guerra Mundial. O filme foi dirigido por Steven Spielberg, baseado no romance “Schindler's Ark”, escrito por Thomas Keneally.

Oliwia Dabrowska era uma menina de origem judaica de apenas três anos quando entrou no famoso filme "A Lista de Schindler”. Ela tinha vestido um casaco vermelho que simboliza o sangue e o sofrimento das vítimas do Holocausto Nazi. Mais tarde, no filme, a menina é vista entre os mortos e é reconhecida apenas pelo casaco vermelho que ela ainda usava.

Apesar do filme ser primariamente em branco e preto, o vermelho é usado para distinguir uma menina. Esta menina é um dos símbolos do filme. No filme, os seis milhões assassinados, vítimas do holocausto, passam a ser uma única pessoa: a menina do casaco vermelho.



Texto Argumentativo


Estamos em pleno século XXI e pensamos que vivemos em total liberdade e segurança, mas talvez isso não seja verdade. Basta lembrar que, no início deste século, assistimos ao 11 de setembro. E, neste momento, assistimos à guerra civil na Ucrânia, à entrada do estado islâmico na Europa e também aos vários confrontos no médio oriente.
Um dos muitos problemas que a guerra traz é a utilização de crianças, as chamadas crianças soldado. Criança-soldado refere-se a menores que estão envolvidos em guerras e outros conflitos armados, sendo usadas como combatentes, mensageiros, trabalhadores domésticos e escravos sexuais.
Não se sabe ao certo o número de soldados de palmo e meio que existem em todo mundo, mas muitas são as instituições que tentam acabar com esta prática, mas até hoje ela continua.
As organizações terroristas recrutam crianças, pois quando se é criança, é mais fácil enveredar por outros caminhos sem grandes interrogações, manter crianças no grupo armado é mais barato, elas desenvolvem capacidades de forma rápida e ágil e são praticamente invisíveis aos olhos das tropas inimigas.
A guerra viola todos os direitos da criança, o direito à vida, o direito a ter uma família e uma comunidade, o direito à saúde, o direito ao desenvolvimento da personalidade e o direito a ser educada e protegida. Muitos dos conflitos de hoje prolongam-se por toda a infância, o que significa que, desde o nascimento até ao princípio da idade adulta, a criança vai sofrer múltiplos e acumulados atentados.
Nos conflitos, as crianças não só são mortas e feridas em elevado número, como outras crescem privadas das suas necessidades materiais e afectivas, inclusive de estruturas que dão sentido à vida social e cultural.
Face aos novos rumos e objetivos da sociedade actual, a qual se rege pela corrupção, poder e dinheiro, são os grupos dos mais frágeis a sofrer as consequências, com particular destaque para as crianças.
Como descrito acima, as crianças são, muitas vezes, usadas como veículo de guerra. Porém, há a outra interpretação, as crianças são a esperança do mundo, nelas se centra a resolução dos problemas, a igualdade social e um mundo melhor. Para tal, cabe-nos a nós, adultos, zelar pelos direitos destas. Temos obrigação de as proteger, de lhes proporcionar um futuro melhor, ter capacidade para denunciar situações de maus tratos. Enquanto seres humanos e pertencentes a uma comunidade, é o nosso direito e obrigação contribuir para a integração das crianças, permitindo-lhes brincar, aprender alfabeto, ter alimentação, sonhar, ter carinho, proteção e cuidados de saúde.
É nossa responsabilidade proteger as crianças, pois delas dependerá o nosso futuro e a nossa velhice, pois tornar-nos-emos o próximo grupo frágil da sociedade, e a nossa velhice depende deles.


Jéssica Vilaça, 12º C

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