quinta-feira, 25 de outubro de 2007

*Se todos os filmes fossem como este, queria mais pipocas-parte II




“ Blood Diamond”, realizado por Edward Zwick”, transporta-nos para a magnífica paisagem da Serra Leoa, no ano de 1990, onde decorria uma guerra civil.
Conta-nos a história de dois africanos, Danny Archer (interpretado por Leonardo Dicaprio), um antigo mercenário do Zimbabué, e de Solomon Vandy (Dijimon Hounson), um pescador humilde, mas lutador, que personifica o grupo social mais frágil e pobre de toda a sociedade africana.
Ao descobrir um extraordinário diamante, Solomon tenta escondê-lo, correndo mesmo o risco de ser morto. No entanto, este acto pouco lícito tinha um propósito grandioso: vender o diamante para resgatar a família. A típica imagem do pobrezinho interiormente emotivo e forte que abdica de usar o dinheiro do diamante para comprar bens materiais em detrimento da possibilidade de rever a família.
Por outro lado, a personagem interpretada por Leonardo DiCaprio, sempre charmoso, metaforiza a corrupção, a ganância e a violência que se verifica nos governos e sociedade africana. Durante todo o filme, estas personagens cruzam-se com objectivos bastante diferenciados.
Outro aspecto a referir é o papel da comunicação social que, ao longo do filme, pretende apurar toda a verdade que existe por detrás da exploração de diamantes. Como era de esperar, a jornalista era de nacionalidade americana, americanos sempre à frente de tudo, o que mostra mais uma vez a influência desta potência mundial.
Parece-me que a relação sentimental que existia entre Archer e Maddie Bower (jornalista americana) não é explorada talvez porque, para Archer, não existia outro – só existia a busca do poder. Como nas histórias de encantar, os maus morrem sós e sem atingirem o seu objectivo, neste filme isso também acontece.
Poderíamos pensar que seria Archer a atingir os seus objectivos, pois na vida real, que é bastante diferente das histórias de encantar, são normalmente os mais fortes quem vencem, mesmo de uma maneira pouco convencional. No entanto, foram os humildes e preserverantes quem conseguiu vencer e fazer justiça [frase sem sentido].
Prestes a ser testemunha no julgamento de tráfico de diamantes, Solomon percorre as ruas da cidade e vai reparar numa ourivesaria de luxo, onde aparecem exibidas peças de ouro, diamantes e pedras preciosas, nisto vê um jovem casal, despreocupado e fútil que pretende oficializar a sua relação comprando um anel de diamantes.
A luz, o brilho, a transparência e a fragilidade do diamante contrasta com a podridão e o sofrimento de todos aqueles estiveram implicados naquela exploração.
Os ricos e os beijos do casal contrastam com as lágrimas e o sangue daqueles que sofrem e que pintaram o diamante de sangue.
Apesar de ser uma obra de ficção, Blood Diamond pode ser considerado um documento baseado em factos verídicos uma vez que este tipo de acontecimentos sucedem no continente de África.
Diariamente, a comunicação social dispara inúmeras notícias sobre este tipo de situações e as mais altas instâncias têm noção desta realidade. Porém, nada é feito.
Para quando a resolução deste problemas? O que fazer?
Cristina Novo, 11º C

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

À segunda será de vez?! ;-)