terça-feira, 16 de outubro de 2007

I miss Him…

Ainda não é desta que a banda finlandesa regressa à cena musical para surpreender. Afinal de contas, é apenas “o do costume” com uma pitadinha mais de intensidade.
Está à venda nas lojas, desde Setembro Vénus Doom, o sexto álbum dos HIM, produzido por Tim Palmer (o mesmo que trabalhou com U2, The Mission, Ozzy Osbourne e com os próprios Him na produção de Dark Light).
Afirma o crítico Mário Rui Vieira, na revista Blitz, que “os Him fazem chorar as pedras da calçada”, pois em tudo concordo, levar com as suas cançonetas melancólicas lambidas por um ambiance cinzentinho (às quais apelidam, alguns entendedores, de “tremendamente emotivas”) fazem chorar qualquer um, aliás, neste caso, qualquer coisa. Mas, ouço já o vitupério “é fundamentalista”, engane-se o caro leitor. Tomar uma posição dogmática face à performance desta ou daquela banda, é, uma atitude um tanto ao quanto pueril , como tal, escutei o Vénus Doom, muito atentamente, antes de formular qualquer opinião.
Mas,
qual é o meu espanto quando, ao percorrer as nove faixas, desde Sleepwalking Past Hope a The Kiss of a Dawn, passando por Passion’s Killing, me apercebo que não fruí de espanto nenhum.
Os fãs, que assistiram ao nascimento dos Him, têm-lhes confiado, estranha e pacientemente, a oportunidade de os impressionarem com um futuro projecto musical, mas Vénus Doom, não passando de um falso alarme, enxovalhou, ridiculamente, a inquieta expectativa do público.
"Porque ouvi o álbum?"- Simplesmente, ainda, se mantém viva (moribunda, aliás) a deleitosa experiência que o Greatest Lovesongs (álbum de estreia dos Him) provocou, mas (oh infortúnio dos infortúnios), a partir desse momento, a banda do carismático vocalista Ville Vallo encanou num estilo que foi repetindo, sem originalidade nem decoro, ao longo do seu percurso.
Fico, então, de orelha atenta e levantada, à espera de uma saudosa revelação.
*Está-me a querer parecer que andam à procura do pote d'oiro no fim do arco-irís...e eu
começo a definhar com a espera (preparação não me falta, já tenho calo na matéria…viva o sistema de saúde português!).

3 comentários:

Cláudia Amorim disse...

ohh era o que tinha mais à mão...(e mais a tempo)

11ºC nº6-sei lá, pode dar jeito

Scorpionster disse...

his infernal majesty... ah... só oiço como musica, infelizmente não preciso disso para ficar como isso nos põe...

mas é bom...

Fátima Inácio Gomes disse...

Que maravilha, Claúdia!
É um deleite ler o que escreves e digo-o à vontade pois está à vista de todos!
Está bem estruturado, tem grande qualidade de escrita, tem a sua pitada de ironia, um título muito bem "amanhado"... muito, muito bom!

Quanto a ao álbum... ainda não o ouvi, como nunca fui devota deles (embora já os tenha visto ao "bibo") tenho deixado andar... :D