Vive, dizes, no presente,
Vive só no presente.
Mas eu não quero o presente, quero a realidade;
Quero as cousas que existem, não o tempo que as mede.
O que é o presente?
É uma cousa relativa ao passado e ao futuro.
É uma cousa que existe em virtude de outras cousas existirem.
Eu quero só a realidade, as cousas sem presente.
Não quero incluir o tempo no meu esquema.
Não quero pensar nas cousas como presentes; quero pensar nelas como cousas.
Não quero separá-las de si-próprias, tratando-as por presentes.
Eu nem por reais as devia tratar.
Eu não as devia tratar por nada.
Eu devia vê-las, apenas vê-las;
Vê-las até não poder pensar nelas,
Vê-las sem tempo, nem espaço,
Ver podendo dispensar tudo menos o que se vê.
É esta a ciência de ver, que não é nenhuma.
É esta a ciência de ver, que não é nenhuma.
Alberto Caeiro
Para explicar o motivo da escolha deste poema devo começar por dizer que preferi um poema de Alberto Caeiro, pois ele é o heterónimo de Fernando Pessoa que mais me agrada, pois é o mais objectivo, recusando a subjectividade das palavras. De entre alguns poemas de Caeiro este foi o que mais me chamou à atenção, pois tal como o poeta, eu considero que o presente é apenas um momento de transição entre o passado e o futuro, não poderia haver passado nem futuro se não houvesse o presente como forma de comparação.
Segundo o poeta, devemos pensar nas coisas, só como elas são e não nas considerações que temos sobre elas ou que poderemos vir a ter. Devemos considerar o Mundo só como ele é e não julgá-lo pela informação que temos sobre ele. A visão que temos de tudo, não é a realidade, é uma distorção do real que pode variar de pessoa para pessoa.
Concluindo, o poema considera que devemos viver a vida como se não houvesse passado, nem futuro, devemos vivê-la simplesmente, com a inocência de cada dia. Este ideal pode ajudar muitas pessoas a serem um pouco mais felizes.
Segundo o poeta, devemos pensar nas coisas, só como elas são e não nas considerações que temos sobre elas ou que poderemos vir a ter. Devemos considerar o Mundo só como ele é e não julgá-lo pela informação que temos sobre ele. A visão que temos de tudo, não é a realidade, é uma distorção do real que pode variar de pessoa para pessoa.
Concluindo, o poema considera que devemos viver a vida como se não houvesse passado, nem futuro, devemos vivê-la simplesmente, com a inocência de cada dia. Este ideal pode ajudar muitas pessoas a serem um pouco mais felizes.
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