sexta-feira, 16 de março de 2007

“Minha Raça Sou Eu Mesmo”

O livro que escolhi foi “ Cada Homem é uma Raça” de Mia Couto. Do meu ponto de vista, é um livro muito interessante, que anteriormente eu já tinha lido, no entanto, tive necessidade de o reler uma vez que já não tinha a história muito presente.
Este livro fala sobre histórias de várias pessoas que são excluídas pela sua diferença. Esta realidade é muito frequente. O ser humano, muitas vezes, exclui, crucifica e humilha os que não são parecidos com a maioria, esquecendo-se que aquele que ele humilha é exactamente igual a ele. Os humilhados têm sentimentos e quando são discriminados sentem-se mal, “ Não faças aos outros aquilo que não gostas que te façam a ti”.
Segue um pequeno resumo do primeiro capítulo, os outros deixo para quem quiser ler o livro.
O primeiro capítulo fala sobre uma rapariga que tinha uma deficiência e, por isso, era excluída por todos, apesar desta também se isolar um pouco. Todos a humilhavam dado que ela falava com as estátuas, julgando-a maluca. Vivia numa pequena casa. A vida dela fora estragada devido a ser corcunda, mesmo tendo uma cara bonita toda a gente lhe virava as costas, não era amada por ninguém.


Mia Couto é o nome literário de um dos escritores moçambicanos
mais conhecidos no estrangeiro. António Emílio Leite Couto ganhou o nome Mia do irmãozinho que não conseguia dizer "Emílio". Segundo o próprio autor a utilização deste apelido tem a ver com sua paixão pelos gatos e desde pequeno dizia a sua família que queria ser um deles. Nasceu na Beira, a segunda cidade de Moçambique, em 1955. Ele disse uma vez que não tinha uma "terra-mãe" - tinha uma "água-mãe", referindo-se à tendência daquela cidade baixa e localizada à beira do Oceano Indico para ficar inundada. Iniciou o curso de Medicina ao mesmo tempo que se iniciava no jornalismo e abandonou aquele curso para se dedicar a tempo inteiro à segunda ocupação. Foi director da Agência de Informação de Moçambique e, mais tarde, tirou o curso de Biologia, profissão que exerce até agora.


4 comentários:

Luis disse...

Humm... Parece interessante. Já li um livro do Mia Couto os Contos do Nascer da Terra e não gostei muito mas este parece apelar a temas bastante interessantes. (hoje só me sai o interessante!!!)

Anónimo disse...

lol!!
se quiseres eu depois empresto-te

Fátima Inácio Gomes disse...

Está muito bem! Nuito completo, quer no que diz respeito à obra, como ao autor. Este é um autor que aconselho vivamente.
Faltou, para ser perfeito, teres focado a originalidade do discurso deste autor, que é aquilo que verdadeiramente o distingue. Poderias ter aprensentado, a título de exemplo, a citação de algumas palavras inventadas por ele. è um mestre do neologismo! :D

Anónimo disse...

obrigado professora!!