Em frente da estante, a urgência que sentia em tomar uma decisão tornava-me cada vez mais indecisa. Não há nada pior do que escolher um livro! Após percorrer várias hipóteses, surgiu um título que me cativou desde logo – “Quase gosto da vida que tenho”. A capa, criativa. O autor, Pedro Paixão, desconhecido, o que pouco importa. Com o tamanho ideal que um livro requer, também o resumito, atrás, instigou a minha curiosidade. Aparentemente, parecia um livro simples, em que alguém expõe parte da sua constante viagem e descoberta, pedaços da sua vida.
Contudo, depois de ler este livro, descobri-o como muito mais que um relato de uma vida. O autor repartiu-o em 36 capítulos, sendo alguns de uma página apenas, e sem qualquer ordem cronológica entre eles. À partida, quanto mais curtos mais fáceis, é o que se pensa de imediato. Porém, acabam por se tornar muito mais complexos, profundos, fortes, enigmáticos. E foi esta a beleza que encontrei na simplicidade de escrita de Pedro Paixão. Em pequenas frases é capaz de transportar totalmente o nosso pensamento para outra dimensão, obrigando a uma reflexão brilhante sobre pequenos assuntos, meras ocasionalidades do dia-a-dia. A sensibilidade com que aborda tanto temas actuais, como a influência da televisão no mundo ou os conflitos na palestina, como outros pessoais, como a morte da mãe, são notórias e mostra de grande inteligência.
Mas, se os recantos de pura reflexão pessoal, filosófica até, próprios de quem mais do que existir, procura viver, me encantaram completamente, o carácter nojento e pormenorizado com que relata momentos de intimidade, provocaram-me um desinteresse total. Também a maneira como fala orgulhosamente de traições ou a opinião que mostra constantemente de que se deve ter mais do que uma mulher e, amar muitas em simultâneo, me desagradou bastante.
No entanto, sou obrigada a reconhecer a grande qualidade desta obra, que inevitavelmente adorei, pois possibilitou-me preciosos instantes de enriquecimento intelectual, como um bom livro, quanto a mim, deve fazer. E, por isso, a simplicidade inicial, aparente, acaba por ser um mero passaporte para a incrível viagem que é ler este livro. Porque o difícil é mesmo escolher o livro, depois, é só deixar-se encantar por ele!
No entanto, sou obrigada a reconhecer a grande qualidade desta obra, que inevitavelmente adorei, pois possibilitou-me preciosos instantes de enriquecimento intelectual, como um bom livro, quanto a mim, deve fazer. E, por isso, a simplicidade inicial, aparente, acaba por ser um mero passaporte para a incrível viagem que é ler este livro. Porque o difícil é mesmo escolher o livro, depois, é só deixar-se encantar por ele!
4 comentários:
Gostei muito da tua abordagem, Catarina! Parabéns!... Está pessoal, criativa e não deixa de nos dar lampejos dos temas que são tratados, sem contudo, ser demasiado reveladora. Até a tua abordagem ao estilo nos dá indicadores daquilo que podemos encontrar por entre as páginas...
Acabas, contudo, de um modo algo abrupto, deixando a impressão de que ainda haveria algo mais para rematar o texto... ;-)
oi!
sora...nem sei como dizer isto... :D
a sora tem toda a razao...éclaro que o texto assim nao esta bem :D
nao vai acreditar...é de facto azelhice a mais, mas a verdade é que, nao sei como, mas falta me o ultimo paragrafo do texto :S
axo que o apaguei ao copiar...
sou sem duvida, um as dos computadores...
depois de ler o comentario, li o texto e axei que faltava qualquer coisa...vi o que tenho gravado no comp e fez s luz...nao esta la o texto todo...
nao sei o que quer que faça...talvez postar o verdadeiro texto?
Consegui!
ja me sinto realizada!
uau...nunca pensei conseguir fazer tal coisa sozinha... :D
acrescentei o paragrafo esquecido...peço desculpa pelo incomodo e pela enorme azelhice :S
espero que agora faça mais sentido...
:D AH!!!! Assim sim! Assim já se fecha o círculo! (ainda bem que não sou tua prof. de TIC... estavas feita! eheheh)
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