quarta-feira, 27 de junho de 2007

Ser poeta...


Ser poeta é ser mais alto,é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Florbela Espanca


Florbela Espanca (Vila Viçosa, 8 de Dezembro de 1894 — Matosinhos, 8 deDezembro de 1930), baptizada com o nome Flor Bela de Alma da Conceição, foi uma poetisa portuguesa. (Eu) Escolhi este poema por ser um poema que me marcou.“E é amar-te, assim, perdidamente.../ É seres alma, e sangue, e vida em mim / E dizê-lo cantando a toda a gente!”... Este terceto transmite uma “coisa” muito forte, transmite um ardente Amor, é por isso que Florbela tem o dom de transmitir este sentimento (Amor) de uma maneira muito forte.


Emília Oliveira Nº11 10ºB

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

O poema é um clássico. :D
O teu comentário é que fica um bocadito curto, não achas Emília? Vá lá... para a próxima faz um esforço, sim! ;)