(cá vai)
O ÁLVARO GOSTA MUITO DE LEVAR NO CU
O ALBERTO NEM POR ISSO
O RICARDO DÁ-LHE MAIS PARA IR
O FERNANDO EMOCIONA-SE E NÃO CONSEGUE ACABAR.
O CAMPOS
EM PODENDO FAZIA-O MAIS DE UMA VEZ POR DIA
FICAVAM-LHE OS OLHOS BRANCOS
E NÃO FALAVA, MORDIA. O ALBERTO
É MAIS POR CAUSA DA FOTOGRAFIA
DAS ÁRVORES ALTAS NOS MONTES PERTO
QUANDO PASSAM RAPAZES
O QUE NEM SEMPRE SUCEDIA.
O FERNANDO SEU MAIOR DESEJO DESDE ADULTO
(MAS JÁ NA TENRA IDADE LHE PROVIA)
ERA VER OS HÈTÈROS A FODER UNS COM OS OUTROS
PELA SEGUINTE ORDEM E TEORIA:
O RICARDO NO CHÃO, DEBAIXO DE TODOS (ERA MOLENGÃO
EM NÃO SE TRATANDO DE ANACREÔNTICAS) INTRODUZIA-
-SE NO ALBERTO ATÉ À BASE
E COM ALGUM INCÓMODO O ALBERTO ERGUIA
NOS PULSOS A ORDEM DA KABALIA
TENTANDO PASSÁ-LA AO ÁLVARO
QUE ENROSCADO NO SEARCH MORDIA MORDIA
E A MAIS NÃO DAVA ATENÇÃO.
O SEARCH TENTAVA
APANHAR O MEMBRO DO BERNARDO
QUE CRESCIA SEM PARANÇA NA DIRECÇÃO ESPAÇO
E ERA O QUE MAIS AVULTAVA NA DANÇA
DAS PERNAS DO MAÇO DA HETERONOMIA
A QUE ALIÁS O SEARCH ERA UM POUCO EMPRESTADO
COMO DE AJUDA EXTERNA (DE JANELA DO LADO)
ÀQUELA ENDEMONIA
HOJE EM DIA MODERNA E CASO ARRUMADO.
FORMADO O QUADRADO
ERA QUANDO O ALEYESTER CROWEL APARECIA.
«Iô Pan! Iô Pã!», DIZIA,
E ERA FELATIO PARA TODOS,
E PÃO DE LÓ MOLHADO EM MALVASIA.
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Se tivesse escolhido este poema, coisa que não fiz mas que de que não me envergonharia acaso tivesse feito, provavelmente punha-me a discorrer sobre a associação inteligente das personalidades dos heterónimos Pessoanos às posições que assumiriam durante uma orgia e sobre o autor.
Só vim postar isto aqui, para ter a certeza de que em algum cantinho, agradando ou não aos outros, a censura nunca existiu. (e de que isto é um poema :P ).
4 comentários:
Uma rapariga expôs o poema à turma, e o senhor responsável por leccionar Português no 10ºano, afirmou que tal não se trata de um poema e mais tarde sugeriu diante membros da família da aluna que a pobre criatura amorosa deve estar a passar um período mau, nada mais pode explicar o facto da aluna ter escolhido tal poema (ups. enganei-me. não é poema. será um conto?)
é claro que a pessoa não é nenhuma amiga minha e isto deve ter sido inventado por mim...
És uma provocadora, minha Lili!!! :D E... não foste tu quem escolheu?!?!? quem, então? Afinal, queres desafiar e não agarras a oportunidade com ambas as mãos?!?!
Por mim... esse clamor do "Virgem Negra" não é intimidante! é provocador, apenas. Como o próprio Cesariny! Quando se quer romper, tem de se extremar! E não foi o único na Literatura Portuguesa! :D Há um filão por descobrir! ;)
Agora, diz-me... queres mesmo desafiar quem? (suponho que a mim não será... )
Não, não é a professora. E não se tratou de desafiar, foi mais um desabafo, um grito. Porque por brincadeira disse a uma amiga minha (de outra escola) que apresentasse este, e ela levou aquilo a sério e apresentou. E o stor. disse-lhe que isto nem sequer é poesia. Eu senti as minhas fibras nervosas incharem e ferverem (tinha o motor carregado) e uma vontade enorme de ter assistido aquela aula e ter defendido não só o poema mas a LIBERDADE DE EXPRESSÃO.
=)
(*parabéns à minha mana que apesar de me roubar as sapatilhas todas as semanas eu ate tenho um carinhozinho por ela - o que nao lhe dá direito de me roubar as sapatilhas:D*)
Foi preciso expores esta orgia poética para eu finalmente perceber a piada que o gato fedorento fez no sketch do big brother famosos sobre os gostos de pessoa xD
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