Aos meus colegas de turma do ano de 1998/1999
Recua no tempo, volta a ter 8 anos e a ser pequenino/a…
Hoje é dia 21 de Maio de 1999, é sexta-feira, e o dia é de sol na nossa escola.
São 10 horas, estamos na sala de aula a ter aula de estudo do meio com a Professora Aurora Barroso…
Não tarda são horas do lanche. Não tarda estaremos no nosso recreio, sem baloiço, sem escorrega, sem campo relvado… O nosso recreio é coberto apenas de terra amarela, mas aqui o amor impera, aqui brincamos a isto, àquilo, a ser tudo sendo nada, sendo apenas criança!
É hora do lanche!! Nunca há apetite na hora do lanche! Mas temos sempre que comer o pão com queijo que a mãe fez e o leite com chocolate que a professora dá, caso contrário não vamos brincar e ficamos na sala de castigo! “ Porque se não comerem ficam sem força para brincar! “ como dizia a senhora empregada Venilia.
Mas nós sabíamos que isto não era verdade, nós éramos realmente muito fortes (mesmo sem lanchar), apesar do pouco tamanho éramos destemidos, independentes, decididos, capazes de correr até ao fim do mundo, de trepar à árvore mais alta para ir buscar a bola que lá tinha ficado presa ou até para tirar os ninhos e ver os ovinhos pequeninos…
Fazíamos tudo uns pelos outros, também tinha vezes que éramos muito maus uns para os outros, mas nada disto importava, porque no dia seguinte já tudo tinha passado, porque ser criança é ser assim….
Quando alguém atacava a nossa turma, estava tramado!! Éramos 28 e muito maus!! :)
Amávamos realmente! Quando nos questionavam: -Quem são os teus amigos? Não hesitávamos em enumerar toda a turma, um a um, sem esquecer nenhum.
Recua no tempo, volta a ter 8 anos e a ser pequenino/a…
Hoje é dia 21 de Maio de 1999, é sexta-feira, e o dia é de sol na nossa escola.
São 10 horas, estamos na sala de aula a ter aula de estudo do meio com a Professora Aurora Barroso…
Não tarda são horas do lanche. Não tarda estaremos no nosso recreio, sem baloiço, sem escorrega, sem campo relvado… O nosso recreio é coberto apenas de terra amarela, mas aqui o amor impera, aqui brincamos a isto, àquilo, a ser tudo sendo nada, sendo apenas criança!
É hora do lanche!! Nunca há apetite na hora do lanche! Mas temos sempre que comer o pão com queijo que a mãe fez e o leite com chocolate que a professora dá, caso contrário não vamos brincar e ficamos na sala de castigo! “ Porque se não comerem ficam sem força para brincar! “ como dizia a senhora empregada Venilia.
Mas nós sabíamos que isto não era verdade, nós éramos realmente muito fortes (mesmo sem lanchar), apesar do pouco tamanho éramos destemidos, independentes, decididos, capazes de correr até ao fim do mundo, de trepar à árvore mais alta para ir buscar a bola que lá tinha ficado presa ou até para tirar os ninhos e ver os ovinhos pequeninos…
Fazíamos tudo uns pelos outros, também tinha vezes que éramos muito maus uns para os outros, mas nada disto importava, porque no dia seguinte já tudo tinha passado, porque ser criança é ser assim….
Quando alguém atacava a nossa turma, estava tramado!! Éramos 28 e muito maus!! :)
Amávamos realmente! Quando nos questionavam: -Quem são os teus amigos? Não hesitávamos em enumerar toda a turma, um a um, sem esquecer nenhum.
Isto é o amor!
Eva Castanheira
2 comentários:
Está um belo texto, Eva. Tão, tão ternurento! Revivalista, mas sem lamechices de circuntância, nem saudosismos castradores. É, pura e simplesmente, um exercício de sentimento, que é muito bom possuir - é dar valor às pessoas e aos momentos. São eles que tornam a nossa vida significativa, são eles o caminho da nossa construção como pessoas.
eva o teu texto esta muito fixe, faz mesmo recordar os tempos "saudaveis"...pena hoje em dia nao ser tanto assim...muito bem, fantastico
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