Escolhi esta imagem para postar neste blog, porque é a imagem que mais mexe comigo. Por acaso, não é bem uma imagem, mas sim uma fotografia que eu próprio tirei para uma exposição fotográfica, no âmbito da disciplina de Área de Projecto. De cada vez que eu olhava para a fotografia, visto que agora está num armário guardada, sentia sempre uma vontade enorme de me elevar, de me transcender para outra dimensão... pensava que, através destas duas linhas, por vezes rectas, por vezes curvas, conseguia atingir o infinito, que através destas duas linhas paralelas, conseguia ver tudo, sem um princípio nem um fim. Sorte daquele que o conseguir, porque vai ao infinito, mas também sorte daquele que não queira atingi-lo, daquele que queira, nem que seja só por breves minutos, nem que seja só entre duas estações próximas, viajar. Viajar com os olhos postos no céu a contemplar tudo à sua volta, sentir-se livre e, numa curta paz de espírito, conseguir renascer.
Quando se olha assim para uma coisa que nos mexe tanto, dá vontade de, de alguma maneira, entrar na fotografia e percorrer aquele longo caminho, a pé ou de comboio ou de outra forma qualquer. Só queria era percorrê-lo.
Tiago Pereira, nº23, 12ºC
Quando se olha assim para uma coisa que nos mexe tanto, dá vontade de, de alguma maneira, entrar na fotografia e percorrer aquele longo caminho, a pé ou de comboio ou de outra forma qualquer. Só queria era percorrê-lo.
Tiago Pereira, nº23, 12ºC
1 comentário:
"Por acaso, não é bem uma imagem, mas sim uma fotografia que eu próprio tirei para uma exposição fotográfica"
:D e uma fotografia é uma imagem, Tiago!
E é uma bela imagem, essa tua. Gostei muito da foto. O texto, embora curto, toca a ideia romântica do "viajar, perder países", lembras-te, do Pessoa?
Boa mensagem.
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