Leitura
da Imagem:
Neste
desenho é possível observar uma clara alusão à
violação dos direitos humanos, mais propriamente,
o direito à liberdade.
O
desenho, de autor desconhecido, parece ser feito de papel, onde predomina a cor
sépia com traços muito próprios de fotografia antiga, o que direciona a prática
explícita para a antiguidade, isto é, algo que
no mundo em que vivemos, considerado civilizado, já não deveria existir. Mas o que nos salta de imediato à visãox são os braços de uma pessoa, acorrentada pelos
pulsos, com as suas mãos abertas em direção a
uma borboleta, posicionada acima, o que demonstra a vontade, a ânsia de a
alcançar. A contrastar com os tons melancólicos
temos a borboleta, com dupla simbologia: a cor azul, que significa tranquilidade, harmonia, o céu e o
infinito e a cor branca, ou também chamada de “ cor
da luz”, que significa paz, pureza e
luminosidade, que proporciona uma clareza total; e a borboleta em si, como
animal que possui a capacidade de voar, está diretamente interligada com a
liberdade de “voar no céu imenso”, de viver livre no mundo.
Esta
imagem tem cariz obviamente informativo com o objetivo de alertar para esta
realidade altamente cruel e condenável.
Texto
argumentativo:
Liberdade
Era
após era, a liberdade tem sido alvo de abusos que condenam seres humanos à
servidão e à submissão.
Como
é do nosso conhecimento, o animal racional é capaz de realizar atrocidades
grotescas, capazes de impressionar toda a criatura amaldiçoada
no Tártaro, e o roubar e proibir a liberdade índividual, será, aos meus olhos, a
maior de todas elas. Ao nos ser retirada a liberdade, todas as outras práticas
igualmente condenáveis estarão incluídas na mesma. Ao sermos escravos de
outrém, todas as escolhas serão retiradas de nós e seremos submetidos e
obrigados a executar atos que, para o indivíduo
a passar por esta maldade e para os mais afortunados que não chegaram a passar
por ela, serão considerados obscenos e altamente cruéis.
Sem
liberdade não podemos amar, sonhar, realizar e desfrutar das qualidades do
mundo em que vivemos.
Felizmente,
todos os seres vivos têm, como que implementado
no seu sangue, o desejo de liberdade, o que ao longo dos tempos se foi
presenciando. Desde Spartacus a Joana D’Arc, existiram rebeliões atrás de
rebeliões, todas elas com o desejo de se libertarem da soberania e tirania de
outros. Algumas delas bem-sucedidas, outras, do ponto de vista de gerra, falhadas. Mas analisando
a um nível mais profundo, existiram
consequências. Consequências estas que nutriram
efeitos, imediatos ou mais tardios, visto que a
audácia de se revoltarem dará confiança para
que outros, que se encontram na mesma situação, façam o mesmo.
A
verdade é que a ideia de seremos deixados à misericórdia
de alguémx nos traz
terror. E é esse terror que faz com que ajamos contra esse princípio. A
ausência de liberdade deveria ser combatida a todos os níveis e por todos nós, para que um dia possamos viver igualmente livres
e felizes. E, por muito que tenha a noção que esta ideia quase utópica poderá
ser impossível de se alcançar, a esperança e a divulgação do nosso fervor pela mesma,
não se deveria esboroar. A luta pelos direitos humanos está no seu auge e é agora que
devemos aproveitar ao máximo.
A
liberdade, mais do que algo que foi implementado
na lei, como um direito do ser humano, deveria ser algo natural e que todos,
desde o berço da humanidade, deveriam possuir.
Como
Helen Keller disse, “Nunca se pode concordar em rastejar, quando se sente
ímpeto de voar”.
Beatriz Matos, 12ºG
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