Leitura da Imagem:
Nesta imagem podemos observar quatro personagens de
histórias de encantar. Estas têm no seu rosto cortes e traumatismos. Para além
disso, as suas expressões mostram sofrimento e tristeza. Outrora, respeitados,
amados e vistos como exemplos de perfeição são agora violentados e
desrespeitados. Deste modo, esta imagem tem a função de informar e denunciar a
violência doméstica. Alertando as pessoas para a realidade, pois a vida nem sempre é um conto de fadas como as
histórias dos personagens acima transmitem. A
célebre frase “e viveram felizes para sempre” nem sempre se aplica a todos os
casais, por vezes, estes perdem o respeito um
pelo outro, como companheiros e como seres humanos, levando a episódios de
violência.
Criação Textual:
Violência Doméstica
A violência esteve sempre
presente, tanto no passado como nos dias de hoje. Apesar de a violência ser
quase sempre contra as mulheres, com o passar das décadas o “feitiço virou-se
contra o feiticeiro”. Outrora vistas como o símbolo da docilidade, dependência
e insegurança, as mulheres passaram a ficar cada vez mais independentes,
tornando-se “senhoras do seu nariz”. Conquanto, a desigualdade ainda persiste.
Sem embargo, a violência doméstica é algo que
abrange todas as pessoas, como mulheres, homens, crianças e até idosos, e
ninguém tem o direito de exercê-la. Primeiro, porque a
violência doméstica é um atentado à dignidade do Ser Humano. Segundo, porque causa cicatrizes irreparáveis na pessoa
agredida e nas pessoas ao seu redor. Vejamos o caso de uma criançax que presencia os episódios violentos entre os seus
progenitores. Esta criança irá ter a conceção errada do que é realmente uma
relação familiar. E, por sua vez, irá provocar os mesmos sentimentos de
medo e sofrimento ao seu futuro companheiro.
O álcool e os ciúmes
estão quase sempre “de mãos dadas” a este tipo de comportamento, pois o
agressor vê a agressão apenas como uma ferramenta para controlar a vítima.
A
violência doméstica funciona como um sistema circular – o chamado Ciclo da
Violência Doméstica
– que apresenta, regra geral, três fases: "primeiro, há o aumento de tensão, onde as tensões acumuladas no
quotidiano, as injúrias e as ameaças tecidas pelo agressor, criam, na vítima,
uma sensação de perigo eminente; depois, existe um ataque violento e o agressor
maltrata física e psicologicamente a vítima -
estes maus-tratos tendem a escalar na sua frequência e intensidade; e por
último, há uma espécie de “lua-de-mel” ,
na qual o agressor envolve agora a vítima de carinho e atenções, desculpando-se
pelas agressões e prometendo mudar (nunca mais voltará a exercer violência). Este ciclo caracteriza-se pela sua continuidade no tempo,
isto é, pela sua repetição sucessiva ao longo de meses ou anos, podendo ser
cada vez menores as fases da tensão e de apaziguamento e cada vez mais intensa
a fase do ataque violento. Usualmente este padrão de interação termina onde
antes começou. Em situações limite, o culminar destes episódios poderá ser o
homicídio." (cf. APAV)
Concluindo, na vida de um homem só uma tristeza
existe: a tristeza de não saber amar.
Cristiana Gonçalves,
12ºG
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