quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Manifesto Anti-Perfecionismo por José Alexandre




            Quando foi proposto um manifesto veio-me à cabeça vários temas e pessoas para criticar mas um manifesto deve servir não só para criticar mas sobretudo para tentar mudar o que está errado. No entanto, antes de tentar mudar o que está de errado com os outros, deveria fazer uma autorreflexão. Apesar de eu não levar ao extremo este defeito, inicio, pois, o Manifesto Anti-Perfecionismo por José Alexandre:




*


BASTA PUM BASTA!

É inexplicável o ridículo que é nunca estar satisfeito com o trabalho pessoal, viver a vida de braços cruzados à espera de que algo aconteça e melhore o que somos, pensamos e fazemos.
A constante procura da perfeição impede o progresso!
Estar à espera da inspiração “chave” leva ao apodrecimento intelectual de um ser.
Que morra esse ser iludido,
Que seja intelectualmente torturado até aparecer a cura temporária.
Fim à procura eterna da perfeição individual que nunca se irá manifestar!

Ser perfecionista é estar preso, é ser estático! É não evoluir, viver numa caverna e ignorar a luz que se tenta manifestar!
É viver frustrado por não conseguir o impossível e ser consumido pela fúria e sentimento de incompletude.
É a ilusão de que é possível atingir o divino.

Estar à espera do momento certo para realizar uma ação não é procurar a perfeição, é ser imperfeito e mostrar medo de progredir, acabando por estagnar.

E, mesmo estando sempre a bater na mesma tecla, ninguém muda. Todos, incluindo eu, preferem continuar num estado de incerteza, porque, de certa forma, é mais confortável do que enfrentar o que está à frente, por muito que prometa felicidade, completude e despreocupação.
Estupidez!






*Desenho “Living in Your Head” por Öyster



José Corte-Real Franqueira, 12º G

2 comentários:

José Alexandre disse...

No texto original eu digo "e embora não o levar ao extremo" estava a referir-me ao perfeccionismo na minha pessoa, não do Manifesto em si.

Fátima Inácio Gomes disse...

Reconstrói, então, a frase de novo. Tal como estava não era clara. :)