Leitura da imagem:
Fra.Biancoshock é um artista de rua italiano que pretende
refletir e criticar determinadas atitudes da sociedade, neste caso, a
artificialidade do mundo, através das suas intervenções urbanas. Sendo
considerado o pai da arte efémera, categoria criada por ele, as suas criações
temporárias de arte de rua permanecem no mundo virtual pela sua extravagância e
cor.
Na fotografia destaca-se um tronco de uma árvore a cores na
qual se encontra pendurada uma placa “100% NATURE 0%SILICONE”e, por cima, duas
plantas verdes em forma de seios. Em segundo plano, aparece uma rua com casas a
preto e branco e com um aspeto degradante, abandonado e estragado.
Denota-se claramente a presença de dois planos distintos, o
primeiro plano, a cores, representando aquilo que é “100%” natural, e o segundo
plano, a preto e branco, representado aquilo que é criado, manufaturado por nós,
ou seja, “artificial”. O artista pretende assim criticar a artificialidade do
mundo, que o torna menos belo e triste. O natural sobrepõe-se sempre ao
artificial, daí a árvore estar mais próxima que o restante cenário. Por ser
natural torna-se mais belo e vivo, em oposição ao cenário escuro que lembra algo
parado, sem alegria, menos vivo.
A revolução da beleza
A investigação científica permitiu não só descobrir novas
doenças, como também novos e melhores meios de tratamento das mesmas. A
estética, um dos ramos da ciência preocupado com a beleza, que está a crescer a
passos largos, tornou “real” a possibilidade de atingir a “perfeição” e a “juventude
eterna”. Apesar das suas inúmeras desvantagens, acredito que as vantagens desta
ciência tornam a sua descoberta muito valiosa.
Começando por abordar os aspetos negativos, a preocupação com
a imagem, quer por razões profissionais quer por satisfação própria, levou ao “abuso”
da estética, tornando-se por vezes um vício. Na verdade, atualmente já se torna
difícil encontrar gente que não tenha sofrido qualquer intervenção cirúrgica
durante a sua vida. A pressão da imprensa e da própria sociedade em manter os
seus ícones sempre jovens levada ao exagero pode estragar por completo a
aparência das pessoas. Tomemos o exemplo da Duquesa de Alba, cujo excesso de cirurgias
plásticas tornou a sua cara um pouco disforme. Além disso, estas técnicas podem
até prejudicar a saúde do próprio ser humano, como é o caso de implantes que
rebentaram e levaram à morte das pessoas ou implantes com substâncias malignas
que tiveram que ser retirados anos depois da sua colocação.
Por outro lado, a estética pode ser utilizada para aumentar a
autoestima, dado que torna possível o alcance da imagem desejada por quase
todas as pessoas. É de salientar que pessoas que apresentam determinadas partes
do corpo em proporções exageradas ou abaixo do normal, recorrendo a cirurgias, conseguem
corrigir e atingir o tamanho dito “ideal”. Também é frequente utilizar estes
métodos com o intuito de remediar acidentes, por exemplo, queimaduras na pele,
e consequências negativas de certas doenças, como por exemplo, alguns tipos de
cancro.
Em suma, esta bomba milagrosa, que é a estética, revolucionou
o mundo e, mais concretamente, a saúde das pessoas. Devemos recorrer a estas
práticas tendo consciência das suas implicações. Há limites!…
Rita Vale Lima, 12º D
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