Leitura da imagem:
Neste
desenho podemos observar uma mulher a abraçar o seu reflexo no espelho. Esta
encontra-se em destaque, a cores, contrastando com o preto e branco do ambiente
que a rodeia. Para além disso, a sua expressão mostra felicidade, carinho para
consigo mesma, ignorando a confusão presente na sua casa de banho causada pelos
inúmeros cremes, loções e muitos outros produtos, todos eles símbolos do
esforço para alcançar a perfeição.
São estes fatores que
transmitem a mensagem do desenho: tal como a rapariga, nós devemos apreciar e
valorizar quem e aquilo que somos, independentemente de nos enquadrarmos ou não
nos padrões de beleza. A única forma de vivermos em plenitude e em paz é
tratando o nosso corpo como o nosso melhor amigo. Trata-se, portanto, de uma
imagem com função argumentativa. Esta procura mudar o comportamento de várias
mulheres que nunca se sentiram bem consigo mesmas, mostrando que cada mulher é
bonita e que cada uma se deve respeitar e amar.
Texto argumentativo
A importância da beleza
A beleza é algo
fundamental na vida de qualquer pessoa. Esta pode determinar os nossos laços
amorosos e, até, o nosso futuro profissional. Como tal, a publicidade apoia-se
nesse facto para conseguir vender.
Não é raro ouvirmos falar
da beleza estereotipada: uns olhos bonitos, um corpo esbelto. Estas
características estão bem presentes na sociedade atual, chegando até a ocupar
um lugar de topo no que toca às relações sociais e profissionais. Num universo
impiedoso como é o mundo do trabalho, ser bonito
traz bastantes vantagens. É do conhecimento de todos que, se um empregador estiver perante duas pessoas com exatamento o
mesmo currículo e as mesmas capacidades, o emprego é entregue àquela que possuir uma melhor aparência. E a publicidade
aproveita-se disso. Vendem a chamada beleza perfeita, padrões excessivamente
altos, quase impossíveis de alcançar e alegam que os seus produtos vão
colocar-nos uns passos mais perto da perfeição. Resumidamente, conseguem que as
pessoas se sintam mal com elas próprias e apresentam “soluções”.
Porém, para além dessas
“soluções” serem dispendiosas, os resultados não são os esperados, deixando os
consumidores ainda mais desesperados e com a ideia de que o problema é deles e
não dos produtos. Resultado? Entram num círculo vicioso que inclui o ódio que
possuem pelo seu corpo e a tentativa, cada vez mais exaltada, de adquirirem
algo de que irão gostar de ver no espelho, passando pela compra de mais e mais
produtos de beleza, chegando até ao extremo: as cirurgias estéticas. Está a
crescer acentuadamente o recurso a estas para conseguirem o aspeto desejado. De
entre vários exemplos, podemos destacar o caso de um americano, Toby Sheldon,
que gastou mais de 100 mil dólares para se parecer com o músico Justin Bieber.
Contudo, o resultado final não é o desejado. Como tal, ele continua a visitar
vários cirurgiões para alcançar o seu objetivo. A sua busca pela “perfeição” continua e,
provavelmente, nunca irá parar.
Em suma, a sociedade
atual baseia-se nos padrões de beleza. Todavia, não devemos prestar atenção a
estes. Nós só nos iremos sentir bonitos quando aprendermos a respeitar o nosso
corpo. E a verdadeira beleza reside aí, no respeito, na valorização de quem somos.
Já pensaram na quantidade de empresas que iriam à falência se toda a gente
gostasse do seu corpo?
Raquel Longras, 12º G
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