domingo, 18 de janeiro de 2015

Da Imagem - Beleza - por Raquel Longras





Leitura da imagem:

            Neste desenho podemos observar uma mulher a abraçar o seu reflexo no espelho. Esta encontra-se em destaque, a cores, contrastando com o preto e branco do ambiente que a rodeia. Para além disso, a sua expressão mostra felicidade, carinho para consigo mesma, ignorando a confusão presente na sua casa de banho causada pelos inúmeros cremes, loções e muitos outros produtos, todos eles símbolos do esforço para alcançar a perfeição.
São estes fatores que transmitem a mensagem do desenho: tal como a rapariga, nós devemos apreciar e valorizar quem e aquilo que somos, independentemente de nos enquadrarmos ou não nos padrões de beleza. A única forma de vivermos em plenitude e em paz é tratando o nosso corpo como o nosso melhor amigo. Trata-se, portanto, de uma imagem com função argumentativa. Esta procura mudar o comportamento de várias mulheres que nunca se sentiram bem consigo mesmas, mostrando que cada mulher é bonita e que cada uma se deve respeitar e amar.


Texto argumentativo

A importância da beleza


A beleza é algo fundamental na vida de qualquer pessoa. Esta pode determinar os nossos laços amorosos e, até, o nosso futuro profissional. Como tal, a publicidade apoia-se nesse facto para conseguir vender.
Não é raro ouvirmos falar da beleza estereotipada: uns olhos bonitos, um corpo esbelto. Estas características estão bem presentes na sociedade atual, chegando até a ocupar um lugar de topo no que toca às relações sociais e profissionais. Num universo impiedoso como é o mundo do trabalho, ser bonito traz bastantes vantagens. É do conhecimento de todos que, se um empregador estiver perante duas pessoas com exatamento o mesmo currículo e as mesmas capacidades, o emprego é entregue àquela que possuir uma melhor aparência. E a publicidade aproveita-se disso. Vendem a chamada beleza perfeita, padrões excessivamente altos, quase impossíveis de alcançar e alegam que os seus produtos vão colocar-nos uns passos mais perto da perfeição. Resumidamente, conseguem que as pessoas se sintam mal com elas próprias e apresentam “soluções”.
Porém, para além dessas “soluções” serem dispendiosas, os resultados não são os esperados, deixando os consumidores ainda mais desesperados e com a ideia de que o problema é deles e não dos produtos. Resultado? Entram num círculo vicioso que inclui o ódio que possuem pelo seu corpo e a tentativa, cada vez mais exaltada, de adquirirem algo de que irão gostar de ver no espelho, passando pela compra de mais e mais produtos de beleza, chegando até ao extremo: as cirurgias estéticas. Está a crescer acentuadamente o recurso a estas para conseguirem o aspeto desejado. De entre vários exemplos, podemos destacar o caso de um americano, Toby Sheldon, que gastou mais de 100 mil dólares para se parecer com o músico Justin Bieber. Contudo, o resultado final não é o desejado. Como tal, ele continua a visitar vários cirurgiões para alcançar o seu objetivo. A sua busca pela “perfeição” continua e, provavelmente, nunca irá parar.
Em suma, a sociedade atual baseia-se nos padrões de beleza. Todavia, não devemos prestar atenção a estes. Nós só nos iremos sentir bonitos quando aprendermos a respeitar o nosso corpo. E a verdadeira beleza reside aí, no respeito, na valorização de quem somos. Já pensaram na quantidade de empresas que iriam à falência se toda a gente gostasse do seu corpo?


Raquel Longras, 12º G


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