quarta-feira, 4 de junho de 2008

Cemitério de Movimentos




Eu, apenas eu e poucos mais, realmente paramos para pensar, não só imaginar mas ver, observar, admirar. E pouco adianta porque não vemos nada! Estes tempos parecem paralisados, sem qualquer fugaz escapatória de esforço. A sociedade!
Pelas aulas de História e Ciências, noto a evolução do Homem, como uma constante! Um pleno desejo do homem, um querer de mais até.
O homem descobriu o fogo, excelente! O homem descobriu a roda, fantástico! E por aqui fora numa linha sucessiva de tempo, vemos vários momentos gratificantes para os dias de hoje. Mas será que o momento que revolucionou tudo e todos, e que está mais presente é assim tão bom?
Invenção da máquina, inteligência artificial, tecnologia e tudo o mais que é capaz de nos fazer ficar de olhos esbugalhados, são a decadência e o veneno dos suicidas!
Isto atinge proporções para já imagináveis, mas amanhã, quem sabe? Cada vez mais parados, cada vez mais sedentários, cada vez mais mortos.
Se as máquinas fazem tudo por nós, quem vive? Nós ou elas? Não somos dotados de agilidade e perícia para fazermos o que devemos? Trabalhar é não ficar sentado, a ver os dias a passar. Assim, tornamo-nos pessoas em coma, mas que se mexem num espaço curto. Pessoas que apenas satisfazem os critérios mínimos de vida, que apenas se alimentam!
A pobreza dos dias de hoje! Grandes monumentos, grandes edifícios, comparando estes edifícios da actualidade aos antigos, que não tiveram ajuda a não ser os músculos, ossos, tendões e sistema nervoso, qual tem mais valor? O homem perde tudo quando pára, ou o homem se mexe ou o homem morre! Os jovens que estudam para um futuro estável, podem não o ter porque as emoções fugiram ou deixaram de existir e, esses sim, vão virar os robôs frios e pálidos sem qualquer reacção à vida ou de vida.
Constrói-se, descobre-se, aprende-se, exagera-se e ficamos sem palavras ao ver o próprio empurrão que nos deitou ao precipício! Morremos!







Gonçalo António Vilas Boas da Fonseca,11ºA

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

Bom texto. Título fantástico.