domingo, 9 de janeiro de 2011

Wanted (2008)



«Wanted», ou, «O Procurado» é um filme de acção do realizador russo Timur Bekmambetov, conhecido principalmente pela realização de «Nochnoy Dozor» e «Guardiões do Dia».

O filme gira em torno de um rapaz que trabalha num escritório cuja chefe, Janice, passa a vida a atormentá-lo, bem como aos outros colegas de trabalho. Este rapaz é Wesley Gibson, personagem interpretada por James McAvoy, sendo um “Zé-ninguém” que, para além de ter uma chefe horrível, uma namorada que o trai com o seu melhor amigo e ataques de pânico, é insignificante.

            Tudo isto muda quando este descobre uma fraternidade de assassinos, que lhe diz que o seu pai fora um dos maiores assassinos de sempre e que lhe tinha deixado uma imensa fortuna, bem como um lugar nessa fraternidade chefiada por Sloan, Morgan Freeman. Apesar de não ter bem a certeza do que fazia, Wesley entrou na fraternidade e desde logo foi treinado por Fox, Angelina Jolie, para se tornar tão bom como o pai tinha sido e cumprir o objectivo de matar o homem que o assassinou.

            Apesar de o filme ter algumas partes a que até se podem chamar de falhas – ou não -, acho que o filme é bastante razoável e apelativo, visto que tem algumas “novidades” quanto às cenas de acção e tiroteio. Muitas pessoas acham que este filme não é muito coerente com a realidade, pois desrespeita as leis da física e por isso consideram-no mau. Balas que curvam, um homem que corre a uma velocidade abismal, salta de um dos andares mais altos de um edifício elevadíssimo e fá-lo com os estilhaços de vidro a cobrir todo o seu corpo, coisa que o teria magoado e muito. Este praticamente “voa” uns bons metros e vai parar ao edifício do outro lado da rua, entrando pelas janelas normalmente. Ou então, quando Wesley e Fox fazem com que o carro levante, passe por cima de uns outros tantos com uma volta de 360º e caia direito. E ainda outra que, pessoalmente, adorei, foi aquela em que Fox tira Wesley da frente do camião de Cross, o assassino do seu pai com uma derrapagem a alta velocidade e ao fazer um “peão”, Fox consegue que Wesley entre pelo lugar do morto para dentro do carro.

            Muito bem, tudo isto são cenas um pouco irreais, mas todas essas cenas com origem na adrenalina das personagens, que eleva os seus batimentos cardíacos para 400 por minuto dão um realce especial a este filme que, tal como todos os outros, é ficção! Esses “adereços” um quanto ou tanto irreais é que são o fundamento do filme, porque se ele não os tivesse, era um filme comum, como todos os outros e perderia todo o interesse. Eu falo por mim, porque o que me despertou no filme foram exactamente essas cenas sensacionais que apesar de serem pura edição de efeitos especiais, são aquilo que um filme deste tipo precisa, porque ninguém vê um filme de acção à espera de ver o desenvolvimento de uma história muito aprofundada, até porque a história deste dá voltas atrás de voltas e está cheia de mentiras.

            Só tenho pena que o filme se desenvolva apenas em torno de McAvoy e Angelina Jolie, pois gostaria de ver um pouco mais dos restantes membros da fraternidade, ou até mesmo da chefe de Wesley, ou de Barry. Morgan Freeman, por exemplo, podia ter mais influência no filme, mas limita-se a fazer o papel de chefe, autoritário e sábio, bem como Thomas Kretschmann que tem duas ou três falas nas cenas de tiroteio e nada mais. No entanto, não temos de nos preocupar, pois há uma beldade chamada Angelina Jolie que preenche o vazio deixado por eles.



Pedro Pinto, 10ºA

2 comentários:

Fátima Inácio Gomes disse...

Eis chegada a nossa primeira participação! um filme de acção.
Digamos que tem alguns spoilers, mas como tratam de cenas de acção, que apenas ganham com a sua visualização, não se perderá o interesse do filme, que, pelos vistos, se centrará nisso: na acção.

Nota: a componente subjectiva, de opinião, própria de um artigo crítico, não obriga ao "eu acho que..." ;-)

Pedro Pinto disse...

humm, ok :) não esqueço prá próxima