sábado, 6 de junho de 2009

O Caminho





Como todos os seres humanos, iremos percorrer um longo caminho, o nosso caminho, ou seja, a nossa vida.
Superficialmente, os caminhos de toda gente são semelhantes. Nascemos, fazemo-nos ao caminho, percorremo-lo e, por fim, morremos. Bastante simples de entender! Seria, se observados superficialmente, como anteriormente referido.
Uma observação mais atenta e cuidada levaria a outra conclusão: que os caminhos de toda a gente são muito diferentes, pois nem todos escolhemos as mesmas estradas, as mesmas direcções ou o mesmo sentido.
Não há nada mais simples, como primeira etapa do nosso caminho, em que somos levados ao colo - não temos que tomar decisões ou sentir remorso de qualquer decisão tomada. Mas, como disse, essa é só a primeira etapa que, por sinal, é muita curta.
A dificuldade aumenta gradualmente, começamos a andar pelos nossos pés, a decidir por nós próprios.
Nesta fase posterior, tudo se complica. Vemo-nos deparados com várias hipóteses, várias direcções e sentidos. É aqui que os caminhos se tornam tão pessoais e tão distintos.
São personalizados pelas nossas escolhas, que nem sempre são as mais correctas. Sem nos darmos conta, entramos em algum sentido proibido, que nos atrasa e abate. Contudo, desse pequeno incidente extraímos experiência e maturidade, sendo que, quando nos voltarmos a deparar com algo semelhante, já estaremos preparados para o enfrentar ou mesmo passar ao lado e não voltar a cair nesse erro.
Acima de tudo, devemos ter presente uma noção muito importante e fundamental: esse mesmo caminho existe para ser percorrido e não para que ele nos percorra. Não podemos deixar que ele nos marque, muito pelo contrário, temos que lhe deixar a nossa marca, para que não se apaguem as nossas pegadas, mesmo aquelas que vão em sentido contrário ou direcções erradas, para que quem nesse caminho volte a passar, escolha o melhor percurso e se desvie das direcções erradas a fim de não inverter o sentido da caminhada. Assim, quem lá passar, estará alertado para o perigo de possíveis escolhas erradas que possam surgir. Sendo bastante melhor aprender com os erros dos outros, do que com os nossos próprios erros, porque é mais fácil e menos doloroso aprendermos com erros alguém que não nós próprios.
Se assim for, saberemos que a caminhada desse alguém não foi em vão, por muitos erros que tenham sido cometidos. Os mesmos, nos despertaram para a realidade e a importância das nossas escolhas, tornando o nosso caminho mais recto e plano.



Hugo Salgueiro, 12ºF,

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

Ainda bem que escreveste, Hugo.
Nunca deves baixar os braços... o segredo é a persistência. ;-)