sexta-feira, 5 de junho de 2009

Caminho Perdido





Vagueio… vagueio sem fim, sem destino… Sinto-me cansada, perdida. Estou farta de me procurar dentro de mim, não me encontro. Olho-me por dento e por fora e não vejo nada. O vazio permanece-me na alma, talvez nem esta exista... Caminho por todos os lados, todos os contornos, e defronto-me sempre com a mesma porta do labirinto da qual nunca saí. Como hei-de abandonar estas entranhas profundas em que me encontro sem saber onde estou? Não sei a entrada. Ajudem-me, estou a enlouquecer… Enlouqueço cada vez que penso como vim aqui parar. As horas, os minutos, os segundos passam contínua e fugazmente e eu aqui, desaparecida, sem ninguém saber da minha existência. Ninguém me procura, ninguém me acha, ninguém se perde para me encontrar. Sinto o tenebroso mistério que envolvido num ciclo sem fim apenas procura o alguém, o saber, o viver, o ter e o não me atormentar com o que não tenho ou o que não me querem dar. Oh, obscuro sentimento liberta-te de mim, solta-me, dá-me liberdade e deixa-me ser eu.
Esperem… Consegui! Vejo o que nunca pensava ver. Encontrei a porta do fim. Aproximo-me cada vez mais, cada vez mais perto dela… Em mim acresceu o pensamento que minha consciência tinha guardado como fonte de esperança. Cheguei, tentei abrir… Afinal, era a porta pela qual nunca consegui sair.
Finalmente acordei, era tudo um sonho. Mas na verdade, não sei quem sou. A minha existência é contínua, não há nenhum espaço para intervalos.




Ângela Gandra, 12º B

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

Pronto, um texto, realmente, da Ângela! :)