Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões
Amor, esta coisa que desencadeia em nós a felicidade e o desejo, mas, simultaneamente, emana dele o sofrimento e a ilusão.
É, seguramente, dos sentimentos mais complexos e o que causa mais dor, mas provavelmente, o mais emocionante e o mais vivido… o mais intenso! Então porquê ele ter a capacidade de nos iludir e de nos reduzir a migalhas diante da tal pessoa? A tal, faz-nos esquecer de nós mesmos. Conquista-nos. O amor causa dependência, controla demasiado a nossa vida, expõe-na, cansa-a. Mas, como contraditório que é, ele também activa a vida, dá-lhe sabor, cor e cheiro, dá-lhe sentido. Sensações tão contrárias que o amor nos traz e mesmo assim consegue ser irresistível, inevitável e encantador. Não gere medidas. E faz-nos, por isso, perder a cabeça, abandonar a razão e guiar-nos pelo coração. Não, o amor não é cego, nós é que somos cegos! Cegos por nos deixar levar por ele e pelo seu encantamento. É o que faz de nós humanos… O amor torna-nos seres mais sensíveis e sonhadores. Estimula a capacidade de amar e a capacidade de entrega ao outro. Proporciona alegrias explosivas e choros inconsoláveis. É o nosso mal e o nosso bem, é a doença que todo o mundo tem.
É ele, por si só, o Amor.
É, seguramente, dos sentimentos mais complexos e o que causa mais dor, mas provavelmente, o mais emocionante e o mais vivido… o mais intenso! Então porquê ele ter a capacidade de nos iludir e de nos reduzir a migalhas diante da tal pessoa? A tal, faz-nos esquecer de nós mesmos. Conquista-nos. O amor causa dependência, controla demasiado a nossa vida, expõe-na, cansa-a. Mas, como contraditório que é, ele também activa a vida, dá-lhe sabor, cor e cheiro, dá-lhe sentido. Sensações tão contrárias que o amor nos traz e mesmo assim consegue ser irresistível, inevitável e encantador. Não gere medidas. E faz-nos, por isso, perder a cabeça, abandonar a razão e guiar-nos pelo coração. Não, o amor não é cego, nós é que somos cegos! Cegos por nos deixar levar por ele e pelo seu encantamento. É o que faz de nós humanos… O amor torna-nos seres mais sensíveis e sonhadores. Estimula a capacidade de amar e a capacidade de entrega ao outro. Proporciona alegrias explosivas e choros inconsoláveis. É o nosso mal e o nosso bem, é a doença que todo o mundo tem.
É ele, por si só, o Amor.
A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! Ora doce!
Para nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!
(Excerto da música “Ouvi Dizer”- Ornatos Violeta)
Ana Luisa, 10º A
2 comentários:
O amor tem toda a poesia do mundo!
E, como declarou Tolstoi: "Tudo o que sei, sei-o apenas porque amo".
Beijinho
GOSTO *-*
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