Se minha face pálida sentias
Queimada pela febre, e se minha vida
Tu vias desmaiar, por que mentias?
Acordei da ilusão, a sós morrendo
Sinto na mocidade as agonias.
Por tua causa desespero e morro...
Leviana sem dó, por que mentias?
Sabe Deus se te amei! sabem as noites
Essa dor que alentei, que tu nutrias!
Sabe esse pobre coração que treme
Que a esperança perdeu por que mentias!
Vê minha palidez - a febre lenta
Esse fogo das pálpebras sombrias...
Pousa a mão no meu peito! Eu morro! Eu morro!
Leviana sem dó, por que mentias?"
Álvares de Azevedo
Escolhi este poema porque aborda um dos temas mais interessantes da humanidade, confiança e mentira. No poema que escolhi é a mentira numa relação amorosa, o que nos leva a pensar, nao é confiar o mais dificil que nos fazemos diariamente, confiamos diariamente coisas importantes a terceiros, ou seja, quando confiamos em alguem tornamo-nos vulneraveis, e vice versa, tornamos terceiros vulneraveis perante nós. A simbiose humana que parece que pode sair dos carris a qualquer momento, quando se mantem torna-se mais forte. Mas as vezes pergunto-me se não fosse pelo instinto de sobrevivência, e perdessemos a nossa vertente "animalesca" tornando-nos simplesmente reflexões mentais de nos proprios se conseguiriamos coexistir neste planeta!
Tiago Barbosa 12ºB
2 comentários:
Ó Tiago!!!! o que eu pedi foi um trabalho sobre Fernando Pessoa!!! todos! http://nolimiardaspalavras.blogspot.com/2008/09/pessoa-em-mim.html
ai...
"Errare humanum est..."
Pois já dizia o professor Campinho: "A importancia do Latim na Actualidade"... :p
(Só um pequeno aparte... Este blog tem mais movimento de madrugada, do que é normal... São quase 1h da manha, e há 5 pessoas online?!?... Mas será que ninguem dorme?)
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