domingo, 30 de novembro de 2008

Mantem-me ignorante...

"POR QUE MENTIAS ?
Por que mentias leviana e bela?
Se minha face pálida sentias
Queimada pela febre, e se minha vida
Tu vias desmaiar, por que mentias?

Acordei da ilusão, a sós morrendo
Sinto na mocidade as agonias.
Por tua causa desespero e morro...
Leviana sem dó, por que mentias?

Sabe Deus se te amei! sabem as noites
Essa dor que alentei, que tu nutrias!
Sabe esse pobre coração que treme
Que a esperança perdeu por que mentias!

Vê minha palidez - a febre lenta
Esse fogo das pálpebras sombrias...
Pousa a mão no meu peito! Eu morro! Eu morro!
Leviana sem dó, por que mentias?"

Álvares de Azevedo

Escolhi este poema porque aborda um dos temas mais interessantes da humanidade, confiança e mentira. No poema que escolhi é a mentira numa relação amorosa, o que nos leva a pensar, nao é confiar o mais dificil que nos fazemos diariamente, confiamos diariamente coisas importantes a terceiros, ou seja, quando confiamos em alguem tornamo-nos vulneraveis, e vice versa, tornamos terceiros vulneraveis perante nós. A simbiose humana que parece que pode sair dos carris a qualquer momento, quando se mantem torna-se mais forte. Mas as vezes pergunto-me se não fosse pelo instinto de sobrevivência, e perdessemos a nossa vertente "animalesca" tornando-nos simplesmente reflexões mentais de nos proprios se conseguiriamos coexistir neste planeta!


Tiago Barbosa 12ºB


2 comentários:

Fátima Inácio Gomes disse...

Ó Tiago!!!! o que eu pedi foi um trabalho sobre Fernando Pessoa!!! todos! http://nolimiardaspalavras.blogspot.com/2008/09/pessoa-em-mim.html

ai...

Vitorugo disse...

"Errare humanum est..."

Pois já dizia o professor Campinho: "A importancia do Latim na Actualidade"... :p

(Só um pequeno aparte... Este blog tem mais movimento de madrugada, do que é normal... São quase 1h da manha, e há 5 pessoas online?!?... Mas será que ninguem dorme?)