O aborto no Texas
Parece ironia que em pleno século XXI o aborto ainda levante dúvida em muitos países.
Entrou em vigor no Texas uma lei que não permite à mulher fazer um aborto se esta tiver mais de seis semanas de gravidez. Seis semanas é pouco mais de um mês e nesse período muitas mulheres ainda nem descobriram a gestação, quanto mais tiveram tempo para decidir algo tão importante como é o nascimento de um filho. Tudo piora quando se sabe das restantes restrições, ou seja, após as seis semanas, uma mulher não pode abortar, mesmo que seja em caso de violação ou incesto e esta medida permite que qualquer cidadão possa processar qualquer paciente que o realize, assim como o médico, as funcionárias das clínicas, alguém que tenha ajudado a pagar o procedimento e até mesmo o motorista que tenha levado a paciente até à clínica de aborto, sendo oferecida uma recompensa de 10.000 dólares a quem denuncie um caso destes.
O corpo da mulher, a gravidez e o aborto são coisas demasiado pessoais para que qualquer pessoa se possa intrometer e fazer disso um prémio. Esta lei é um passo atrás para a humanidade e ver que ainda existem pessoas que a defendem, como se não pudessem pessoas da família passar pela mesma situação um dia, faz perder a esperança de que algum dia isso possa melhorar.
A permissão do aborto é uma segurança.
É um direito.
Nunca devia ser posta em causa a sua legalização, muito menos ser posta em prática uma lei que retira o direito da mulher.
Entre abortar e trazer um filho para a vida para viver sem amor ou condições, então que se apoie o aborto.
Ana Margarida Gonçalves - 12ºA
Sem comentários:
Enviar um comentário