terça-feira, 21 de junho de 2011

Devaneios sobre uma imagem



Companhia  e solidão, o mesmo caminho em sentidos opostos. É óptimo ter alguém em quem nos possamos apoiar ou que  nos reconforte e também nos proteja.     
Às vezes imagino que estou  num lugar onde tudo me é estranho e diferente e só sinto a solidão a trespassar-me os ossos e os tecidos, e penso no que iria [poderia] sentir nessa altura, o quão seria bom ter alguém para me apoiar ou mesmo que se sentasse ao meu lado  e apenas  me transmitisse segurança.   
 Esse acontecimento acredito que iria mudar a minha perspectiva de ver o mundo e [?] dar valor às coisas que, por vezes, parecem insignificantes como um aperto de mão ou um abraço.
Atrevo-me a  dizer que apenas as pessoas que conhecem  a verdadeira solidão são capazes de dar o devido valor  à amizade.
Mas a solidão não afecta apenas os humanos, afecta também dezenas de animais abandonados que iriam adorar ser adoptados ou, simplesmente, receber algum conforto.
Todos os dias vemos casos que nos deixam perplexos,  com  notícias de  pessoas encontradas  mortas dentro das suas  próprias casas durante anos, crianças abandonadas, sem abrigo, etc.  Esses milhares  de pessoas devem sentir a verdadeira solidão e não duvido do quanto teriam ficado agradecidas se alguém lhes tivesse estendido a mão.  Isto permite-me tirar várias conclusões e reflectir  sobre o mundo em que vivemos hoje. 


Tiago Barros

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