Companhia e solidão, o mesmo caminho em sentidos opostos. É óptimo ter alguém em quem nos possamos apoiar ou que nos reconforte e também nos proteja.
Às vezes imagino que estou num lugar onde tudo me é estranho e diferente e só sinto a solidão a trespassar-me os ossos e os tecidos, e penso no que iria [poderia] sentir nessa altura, o quão seria bom ter alguém para me apoiar ou mesmo que se sentasse ao meu lado e apenas me transmitisse segurança.
Esse acontecimento acredito que iria mudar a minha perspectiva de ver o mundo e [?] dar valor às coisas que, por vezes, parecem insignificantes como um aperto de mão ou um abraço.
Atrevo-me a dizer que apenas as pessoas que conhecem a verdadeira solidão são capazes de dar o devido valor à amizade.
Mas a solidão não afecta apenas os humanos, afecta também dezenas de animais abandonados que iriam adorar ser adoptados ou, simplesmente, receber algum conforto.
Todos os dias vemos casos que nos deixam perplexos, com notícias de pessoas encontradas mortas dentro das suas próprias casas durante anos, crianças abandonadas, sem abrigo, etc. Esses milhares de pessoas devem sentir a verdadeira solidão e não duvido do quanto teriam ficado agradecidas se alguém lhes tivesse estendido a mão. Isto permite-me tirar várias conclusões e reflectir sobre o mundo em que vivemos hoje.
Tiago Barros
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