domingo, 19 de junho de 2011

Devaneios sobre uma imagem



Apenas uma imagem!



A quantidade de mensagens que uma “simples” imagem nos consegue transmitir.
Inicialmente, quando olhei para esta imagem, fez-me pensar na inutilidade do ser humano, e como isso podia ser tão traumatizante. Se calhar esta ideia surgiu-me porque o meu estado de espírito não era o mesmo ou até o melhor, provavelmente, até me teria aborrecido com aquela quantidade de informação que temos que assimilar na escola ou mesmo porque não estava sol e estava a chover, a verdade é que hoje olho para a imagem e ela dá-me um certo poder. Parece que sou capaz de enfrentar tudo, até mesmo um obstáculo tão desmedido como o glaciar da imagem sendo eu tão pequena como aqueles exíguos pinguins. As estalagmites dão-nos a sensação da dimensão dos nossos sonhos, visto que são voltadas para cima podendo nunca ter fim. Contudo, o facto de estar presente um par de pinguins faz com que percebamos que, se estivermos acompanhados, tudo se torna mais fácil.
A verdade é que o tamanho não interessa, interessa sim o poder da mente e a nossa disposição perante as mais variadas situações que nos aparecem no dia-a-dia.
O facto de a imagem me transmitir um certo poder não quer dizer que seja uma coisa boa por todo. Poderei estar a dizer uma barbaridade, mas na minha ainda tão curta sabedoria, visto que ainda sou relativamente jovem e ainda terei que usufruir de muitas experiências para a enriquecer, desde que saímos daquele mundo tão fechado, que é o ventre da nossa mãe, vamos adquirindo um certo poder para conseguir ultrapassar os maiores obstáculos. Nascemos tão frágeis e indefesos que parece que a mínima brisa nos irá derrubar, no entanto como é que uma coisa tão pequenina vai conseguir lidar com este mundo tão complexo? Inquieta-me saber que provavelmente os pais passam noites em branco a pensar no que os filhos têm que passar, pois toda a gente sabe que os pais querem o melhor para os filhos e não querem que estes passem pelo mesmo que eles. Mas isto é a lei da vida, como um jogo de computador, temos que ser ágeis e espertos para não sermos derrubado e assim perder aquelas x`s vidas que temos. Para os nossos pais somos sempre frágeis. E com a crise que os pais atravessam ainda os inquieta mais saber que nós ,que sempre tivemos tudo que desejávamos, teremos agora de aprender a agir para adquirir o mínimo que queremos. Contudo, eu quero continuar a ser menina frágil e sensível com sonhos e devaneios, mas preparada para enfrentar as coisas boas ou más que o mundo tem para me dar, tentando sempre que estes sonhos não passem apenas de meros pensamentos inconscientes, mas sim realidades que eu vou ter de me esforçar para as alcançar. Às vezes dou por mim a pensar: porque é que me vou esforçar tanto sabendo que tudo que nasce, morre?
Não posso entender a palavra esforço como uma coisa pessimista, mas sim como algo que vai revitalizar o meu corpo e mente, e como diz o provérbio:"A felicidade é proporcional ao grau de esforço", Logo, este esforço irá ser compensado com a felicidade, não podendo pensar que tudo isto não vale de nada, pois se milhões de pessoas todas diferentes estão no mundo é porque têm uma utilidade e é isso que nos temos que descobrir.
A imagem dá-me um certo estímulo para perceber qual será a minha utilidade na Terra.


 
Inês Machado Rodrigues

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