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Inspirado no Best Seller do escritor irlandês Jonh Boyne, intitulado “The Boy in Striped Pajamas”, o argumentista e cineasta inglês Mark Herman adapta este emocionante e dramático romance às telas de cinema. Filme este que, embora tivesse estreia a nível mundial no dia 12 de Setembro de 2008, apenas chegou aos cinemas portugueses a 29 de Janeiro de 2009. “O Rapaz do Pijama às Riscas”, traduzido na nossa língua materna, é um filme recomendado para maiores de doze anos de idade, sendo a sua duração de noventa e quatro minutos, dos quais compõem [nos quais se inclui/dos quais faz parte] um final inesperado e comovente.
Proponho uma viagem por entre os tempos da história, e da caixa das recordações para alguns de nós... Tempos em que o Holocausto era uma realidade fria e devastadora, que atormentava milhões de pessoas em plena segunda guerra mundial.
Tudo começa em Berlim, capital da Alemanha. Bruno (papel protagonizado pelo actor Asa Butterfield) é apenas um rapaz alemão de oito anos de idade que se vê obrigado a abandonar a casa onde morava e despedir-se dos seus amigos devido à promoção do seu pai, soldado alemão, ao qual foi atribuído um cargo importante num campo de concentração. Apesar da situação em que se encontrava o seu país, Bruno vivia escondido da dura e fria realidade alemã, não conhecendo o termo, nem a vida, de um campo de concentração, para além da verdadeira função do pai. Assim, Bruno, os seus pais (David Thewlis e Vera Farmiga) e a sua irmã (Amber Beattie) de doze anos rumaram ao encontro da sua nova casa, aparentemente isolada, num local desconhecido. Do seu quarto, Bruno, através duma janela, avistara várias vezes o que, aos seus olhos, seria uma quinta povoada por pessoas vestidas de pijama, deixando-o intrigado. Bruno era leitor de livros de aventuras e adorava explorar. Era uma forma que encontrara para passar o tempo partilhado consigo mesmo, sem ninguém com quem partilhá-lo, para além da sua irmã, que não lhe prestava muita atenção... Foi então que, tentado pela curiosidade, num dia, esgueira-se por uma janela situada numa pequena estrutura que compunha o jardim por detrás da sua casa. Do outro lado, Bruno vira-se numa floresta, rodeado de terra, árvores e plantas. Este não perdeu tempo em atravessá-la e encontrar o que, outrora, o deixara bastante curioso. Bruno aproximou-se... Avistou um rapaz judeu com o mime Shmuel (Jack Scanlon) do outro lado de uma vedação de arame farpado que compunha a fronteira da “quinta” e da terra que Bruno pisava, liberto. Curiosamente, Shmuel tinha a mesma idade que Bruno. Foi o inicio de uma amizade proibida diante dos olhos de uma sociedade atroz, governada por Hitler e os seus princípios, que certamente deixou ou, quiçá, deixará o público envolvido pela inocência de uma criança que vai tendo uma noção clara do mundo com o desenrolar do filme.
É como se, ao longo do filme, retornássemos ao passado e, por momentos, partilhassemos com as restantes personagens aquela dura realidade e nada pudéssemos fazer contra tamanha crueldade... feita a pessoas que, aos olhos do coração, são iguais a nós, vinda de seres semelhantes aos primogénitos da vida.
Catarina Ribeiro 10º Ano Turma A
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3 comentários:
Gostei, Catarina. É pessoal e, em grande parte, doseia bem a informação formal e a abordagem ao filme, sem desvendar a história.
O único reparo que tenho a fazer é que lhe falta um pouco mais de dimensão crítica. Como escolheste este filme, depreendo que tenha gostado dele. Mas imagina que eras uma crítica de cinema: sabemos qual a temática do filme, mas sabemos que ele é bom? que vale a pena? nas "entrelinhas" percebe-se que entendes que sim, mas não exploras isso com clareza.
É um pormenor, já que na globalidade está muito bom :)
Eu já vi este filme e admito que chorei. É muito emocionante, gostei imenso. (:
Achei muito bonito Catarina!E também achei o filme muito emocionante(como a Mayara disse)e tive para chorar!
Acho que o filme em que te inspiraste podia acabar melhor :D :)
Eu sendo tua irmã digo que tu escreveste muito.....mas bem!
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