O Pedro Pinto trouxe quatro pequenos poemas de Adília Lopes, apenas um aponta para a noite, mas por ter lido os quatro, e por serem pequenos, e tão preciosos, aqui ficam eles:
Degrau a degrau
verso a verso
o poema
a escada
***
No metro
cruzam-se as pessoas
como cartas de jogar
postas sobre a mesa
***
Dia
sem poesia
não é dia
é noite escura
Mas a poesia
é noite escura
***
Mesmo
uma linha
recta
é o labirinto
porque
entre
cada dois pontos
está o infinito
[in Caderno, & Etc, 2007]
Aqui fica uma interessante entrevista à poetisa: http://gavetadenuvens.blogspot.com/2005/09/entrevista-adlia-lopes.html
A próxima palavra será um fruto, qualquer FRUTO.
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