quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Amo-te ao pequeno-almoço




  Amo-te? Que palavra tão banal. Certa manhã, estava eu a beber café numa esplanada, e ao meu lado encontrava-se um casal ao qual [?] muito apaixonado. Essa manhã foi marcante para mim, nunca pensei ouvir a palavra “amo-te” tantas vezes num minuto, até parecia um rádio a precisar de ser consertado.
  Creio que a palavra “amo-te” é bastante proferida e com muito sentimento [???]. Ora bem, em relação a tal situação vejo que a população cada vez mais desvaloriza o pouco que temos de importante.
  Nas redes sociais, conversas de café ou de autocarro, as amiguinhas gritam aos quatro cantos “amo-te e sem ti não consigo viver” (por momentos, até penso se namoram com o oxigénio). A palavra “amo-te” não é mais aquela palavra que esperávamos ouvir do(a) homem (mulher) das nossas vidas, prestes a colocar a aliança no nosso dedo. Hoje em dia
, as pessoas amam tudo: canetas, chocolates, roupa, acessórios, cabelo… Essa palavra requer um compromisso que a própria expressão fornece, mas nem todos conseguem ver isso.
  Na minha opinião, isto cada vez mais vai piorar, hoje é a palavra “amo-te”, amanhã é o sexo e eu penso, se continuarmos,
assim onde é que isto vai parar? Espero que pare por aqui.



Jéssica Cardoso,11ºF

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