domingo, 6 de junho de 2010

A post apocalyptic world....


Bem, desde pequeno que sou fascinado por ficção científica, pelas possibilidades imaginárias que nos proporcionam de modo a fugirmos da realidade, do mundo real, abordando desde odisseias no espaço até anomalias mutagénicas do corpo humano.
Um dos meus temas preferidos da ficção científica é a ideia de um mundo após uma guerra nuclear, um mundo pós-apocalíptico, no qual ruínas da quase extinta humanidade existem em vez de cidades, mutantes habitam a superfície, o Homem vive, sobrevive, em condições precárias e a atmosfera terrestre é radioactiva e tóxica para os seres vivos...
Pessoas com quatro braços, seis olhos, vacas com duas cabeças, insectos gigantes, abominações criadas pela influência da radiação nos seres vivos, enfim, uma biodiversidade tremenda e exótica. Água e comida tóxicas, pessoas a viver nos escombros da humanidade, e também, para quem tem tendências anarquistas, salteadores que matam, violam, roubam através de emboscadas, os que não têm meios de se defender. Enfim, uma festança total!
Esta visão radical de um mundo pós-guerra nuclear sempre me fascinou por várias razões, uma delas é a de perceber até que ponto o Homem consegue ser altruísta e/ou egoísta, pois viver em condições tão deploráveis, piores até do que aquelas que vemos actualmente em países de terceiro mundo (o que é dizer muito...), é complicado, e seria inevitável a existência (mesmo numa situação que exigisse união total) alguém, ou “alguéns”, que viveria como os “salteadores” acima descritos... Ou, então, a ideia da raça dominante, até então, passar do topo da cadeia alimentar para a base, sendo assim “carne para canhão” para a nova gama de seres vivos (leia-se, mutantes, devido à radiação).
Um tema interessante adjacente a um mundo pós-apocalíptico é também a capacidade de regeneração do ser vivo: até que ponto o ser vivo conseguiria regenerar o que foi perdido partindo do pouco que lhe resta? Criando assim um desafio que apela à capacidade de superação do ser humano.
Embora um pouco masoquista, este tema da ficção científica sempre me cativou desde que me lembro, e existem filmes (Mad Max 2, de 1981, por exemplo, um dos meus filmes preferidos até à data), videojogos (neste campo encontramos a série “Fallout”) e até mesmo livros de qualidade que abordam este tema de forma criativa e empolgante, mostrando como seria o mundo e a vida dos que o habitam numa situação igual (ou parecida) à acima descrita, algo que pessoalmente sempre me seduziu.



Francisco, 12º C

3 comentários:

Fátima Inácio Gomes disse...

Tu és estranho....
:p


Bem, já que gostas do estilo (que é um daqueles que eu não aprecio de todo) deves ver "A Estrada" - este, pelo menos, parte de um grande romance. Aliás, o livro sim, aborda questões interessantíssimas, que se prendem, precisamente, com a questão que levantaste: o que é a "humanidade"? poderá a humanidade (não o Homem) sobreviver a esse mundo pós-apocalíptico?

Anónimo disse...

Estranho? Como assim?
Eu achei o texto bastante interessante :)

Fátima Inácio Gomes disse...

Anónimo do 5 de Abril:

Não terás reparado no smilie, colocado no fim: o "estranho" referia-se à pessoa, não ao texto, digamos que era uma "private joke".

De resto, a visão de um mundo pós-apocalíptico não é agradável. Aliás, é tanto menos agradável quanto melhor for a descrição feita ;-)