domingo, 6 de junho de 2010

Interrogação



De início, a imagem para o texto não aparecia.
Com perguntas e dúvidas na cabeça, ocorreu- me a imagem do ponto de interrogação.
O conteúdo do texto vai ser, então, o ponto de interrogação.
O meu estado de espírito está num ponto de interrogação.
O que vou escrever?
Será que esta imagem faz sentido?
Que sentido?
Já estão três perguntas e três pontos de interrogação.
E as dúvidas?
Serão só três?
Três vezes dez, dez vezes três?
As dúvidas também surgem ao inverso.
Cá estão diversos pontos de interrogação a gerir e confundir multiplicadas dúvidas e incertezas.
Quem consegue ter uma vida normal sem dúvidas, sem incertezas, decorada com muitos e muitos pontos de interrogação?

Os exames finais que se avizinham são um jardim de pontos de interrogação, com canteiros de dúvidas, incertezas, talvezes, ses… 
Vou ter nota capaz para entrar na faculdade que quero?
Qual o curso?
Onde?
Como vou pagar?
Será que o meu curso vai ter saída?

No convívio com os colegas, dou conta que temos cardumes semelhantes de perguntas para quais perseguimos as respostas, respostas essas tão efémeras como estrelas cadentes.
Muitas perguntas terão respostas, adequadas ou não, possíveis ou não, realizáveis ou não, realizadas ou não.
E a vida continuará com mais perguntas, mais dúvidas, com pontos de interrogação…muitos pontos de interrogação…
Só mais um ponto de interrogação: quantos valores vou obter neste texto?


Emília Oliveira, 12º C

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