domingo, 19 de novembro de 2006

Não, não é um touro!!!... :P

Pois para que não restem dúvidas, aqui têm informação sobre a Severa, essa figura mítica que até inspirou o primeiro filme sonoro português!... cultura geral, meus amigos, cultura geral!... ;)








A Severa de Leitão de Barros
com Dina Teresa (Severa), António Luis Lopes (D. João, o Conde de Marialva), António de Almeida [Lavradio] (D. José), Ribeiro Lopes (Custódia), Silvestre Alegrim (Timpanas Boleeiro), António Fagem (Romão Alquilador) e Augusto Costa/Costinha (Marquês de Seide).







Sinopse:
História passada no século dezanove que narra as aventuras dum jovem cavaleiro, D. João, Conde de Marialva, dividido pelo amor da mítica e insinuante cigana Severa - a quem a lenda consagrou como fadista desditosa - e uma fidalga. Enredo ambientado nas lezírias e nas touradas.


Observações:
Primeiro filme sonoro português. Dado que na altura ainda não havia meios para tratar o som em Portugal, este foi trabalhado em Paris nos estúdios da Tobis Francesa.
Adaptação da obra homónima da autoria de Júlio Dantas. Entre os vários colaboradores de Leitão de Barros neste filme conta-se o cineasta francês René Clair, na planificação do filme.
Estreou no São Luíz, num ambiente de acontecimento nacional, em 18 de Junho de 1931, e esteve mais de 6 meses em cartaz, tendo sido visto por 200 mil espectadores.

"A Severa é sobretudo uma crónica visual de gente triste e desajeitada (...). E que, entre campinos nas lezírias (a soberba abertura do filme), touradas à antiga portuguesa e quase todo o arsenal folclórico, vai desencantar uma tipologia humana, que aceita sem revolta a fatalidade e a miséria e dessa inércia ou desse abandono retira a sua força dramática. É nesse sentido que "A Severa" foi e é um dos mais admiráveis retratos de Portugal, combinando a pequena maldade com a grande complacência. Poucos imaginários visuais nos restituíram tão bem "séculos de existência entre uivos de heroísmo e renúncias inconfessadas".


João Bénard da Costa, in Histórias do Cinema, col. Sínteses da Cultura Portuguesa, Europália 91, ed. Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1991.


in http://www.amordeperdicao.pt/basedados_filmes.asp?FilmeID=275

4 comentários:

Anónimo disse...

oi...
bem, sem duvida que na nossa turma, no inicio nós diziamos que a severa que era uma touro... mas nós também não sabiamos nada sobre a Severa... mas agora com este post posso ver que a severa sempre não e um touro... :p
Liliana Ferreira 10º C

Anónimo disse...

A impressão, com que eu fiquei depois de ler o poema, é muito parecida com a impressão que fiquei depois de fazer o teste. O poeta expressa a raiva e o nojo que sentia, devido à falta de liberdade que existia naquela época em portugal.
O protesto "Anti-Dantas" está espectaular,Henrique Ferreira 10ºC

Fátima Inácio Gomes disse...

Ainda bem que gostaste, Henrique!!!! O Manifesto é daqueles textos fundamentais, na nossa literatura, especialmente, pelo que representa! ;)

Anónimo disse...

oi...
É verdade que a sora ja tinha pedido que nós comentassemos à muito tempo, mas... A preguiça foi mais forte. Apesar de ja ter visitado varias vezes o blog, nunca tenho vontade para comentar. lol. Peço desculpa pelo meu atraso.
Pois, Severa... Para ser sincera nunca tinha ouvido falar da Severa antes de começarmos a ler a critica na aula. É verdade também, que no início da leitura eu não me senti muito entusiamada com o texto, mas com o passar do tempo percebi que até era interessante. Aquela ironia do autor.... cativou-me. Achei a critica interessante apesar de ser bastante longo o que nos "aborreceu" um pouco, porque (falo no meu ponto de vista) ja estava cansada daquele texto. :P
Cátia Bogas 10ºC
Bjs