Este é um espaço para os meus alunos de Português... os que o são, os que o foram... os alunos da Escola Secundária de Barcelos... (e seus amigos que, se "vierem por bem", serão muito bem recebidos!)... Poderá vir a ser um ponto de encontro, onde a palavra escrita imperará, em liberdade, criativamente, para além das limitações da sala de aula, porque acreditamos que escrever não é "um acto inútil"... inútil é calar.
sábado, 4 de outubro de 2014
Chuva
um apontamento interior...
Vejo a rua preencher-se pelo dilúvio que varre toda a manifestação de existência. Afogo o fulgor do quente respirar nas profundas água da mágoa, do horror, do sossego de uma oculta satisfação de, através da caneta, revelar nestas folhas o que nem com toda a água do mar se perderá. É graças a esta destruição que consigo revelar a mim mesmo o que a alegria espontânea ofusca constantemente. Por detrás de um húmido e sorridente olhar, resguardam-se as sensações e incertezas, do porquê de sorrir sem feliz estar, de saber sem provar; de o mundo ser um eu e não um lugar. É toda esta solidão e falta de emoção que me permite viver num mundo maior que toda a encenação chamada realidade.Ignorar este “mais que eu” para fins de autoconservação obriga a que nos submetamos à própria ignorância que em nós geramos, quando o que devemos aprender é a superar esta limitação humana de apenas a tristeza nos trazer os raciocínios de que mais nos orgulhamos. José Sendim, 12º C
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1 comentário:
Parece que a Chuva Oblíqua do Pessoa deu frutos :)
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