sábado, 4 de outubro de 2014

Manifesto Anti-Esperança por Carlos Costa



Chega!
Chega de tolices e porcarias para aqueles imbecilzinhos que se acham melhor que os outros. Aqueles cuja alma já há muito foi corrompida pela estupidez constante, aqueles cuja vida consiste num mar de olhares e holofotes, aqueles que necessitam de uma vozinha meiga que lhes diga o quão bons eles são, quando no fundo não passam de mais uma ovelha iludida no rebanho!


Chega! Basta!
Numa sociedade de animais, corajosos são aqueles que encaram a vida como ela é e arranjam soluções e não mais problemas. Corajosos são aqueles que não procuram explicações no além ou no invisível por serem de tal maneira fracos que não conseguem aceitar o real como ele é!
Tudo um monte de ilusões! Chega de ilusões!
A Esperança é um pedaço de inferno em todos nós, é um castigo que a Humanidade merece por ser tão cruel consigo própria! A Esperança é aquele anjinho que todos dizem ser milagroso, mas quando os sonhos não passam de meros pensamentos e quando a vontade de ir é maior do que a vontade de ficar, ela desaparece!
Abaixo a Esperança! Abaixo as ilusões! 


Aquele desejo insaciável que berra por mais, aquela vozinha que diz que as coisas boas vão cair do céu e que a chuva virará dinheiro e que a Humanidade é bela e repleta de coisas boas!
Esse desejo… essa mísera réstia de esperança que corrompe a alma é a mesma que destrói o nosso ser de uma forma irremediável!
Morte à esperança! Fim às ilusões!


A vida neste mundo só pode ser aproveitada se for liberta de todos esses absurdos, religiões, discriminações,  alienações, nações, imaginações e corações despedaçados!
Basta, Pum, Basta!




Carlos Costa, 12º G

2 comentários:

Fátima Inácio Gomes disse...

Fizeste-me pensar no Bernardo Soares "Não tenho fé em nada, esperança em nada, caridade para nada."

Aqui: http://multipessoa.net/labirinto/bernardo-soares/29

Anónimo disse...

além de concordar com a temática do texto, tenho de tirar o chapéu à bastante razoável piscadela de olho a Almada Negreiros e ao seu Manifesto Anti-Dantas, que toca de perto sem cair no plágio descarado. parabéns!
Victor