Chuva
um apontamento interior...
Vejo
a rua preencher-se pelo dilúvio que varre toda a manifestação de
existência. Afogo o fulgor do quente respirar nas profundas água da
mágoa, do horror, do sossego de uma oculta satisfação de, através da
caneta, revelar nestas folhas o que nem com toda a água do mar se
perderá. É graças a esta destruição que consigo revelar a mim mesmo o
que a alegria espontânea ofusca constantemente. Por detrás de um húmido e
sorridente olhar, resguardam-se as sensações e incertezas, do porquê de
sorrir sem feliz estar, de saber sem provar; de o mundo ser um eu e não
um lugar. É toda esta solidão e falta de emoção que me
permite viver num mundo maior que toda a encenação chamada realidade.Ignorar este “mais que eu” para fins de autoconservação obriga a que nos
submetamos à própria ignorância que em nós geramos, quando o que
devemos aprender é a superar esta limitação humana de apenas a tristeza
nos trazer os raciocínios de que mais nos orgulhamos. José Sendim, 12º C
1 comentário:
Parece que a Chuva Oblíqua do Pessoa deu frutos :)
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