quinta-feira, 13 de março de 2008

Camoniano

Passo a passo me afasto, relutante

Lágrimas no rosto, olhar perdido

Atrás de mim, um mundo sem sentido

O sonho vivido já vai distante


Caio por terra, vendo-me a morte

Já não sopram os ventos da sorte

Porquê continuar minha vida?

Mataram-me o Amor, não há saída


A Morte chega, beija minha face

Ergue-me a alma e vejo como é bela

E estende-me sua mão de donzela


Pego sua mão delicada, e vou

Para trás, olho lentamente e penso

Como estará aquela que me matou?

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

Tá tão bonito este soneto, Vitor! Absolutamente Camoniano, na forma e na índole ;-)