Acho
que, pessoalmente, o que me preocupa são as pessoas.
Os
humanos são seres muito intrigantes, digo isto sendo um, eu própria, o que no
fundo, acaba por ser irónico. As pessoas são todas muito diferentes, a
variedade é simplesmente "mesmerante", se me é permitido dizê-lo. Gosto de, às
vezes, parar num sítio, num parque ou mesmo passear na rua, sozinha, ou
acompanhada em silêncio e com alguém confortável [?], e admirar as pessoas. Olhar
para elas, pensar “como será a vida desta” ou “onde será que ela vai”.
Mas
há algo que (muito quase) nunca varia, sendo isso o que verdadeiramente me
preocupa nas pessoas, é a sua submissão.
Sim,
a submissão. Subtema estranho, sei, mas verão que faz sentido.
Ora
faço já esta pergunta: Será que estás feliz, agora como estás? E se não, porque
não? Porque fazes algo que contrarie o teu bem estar? Não está no carácter
humano procurar conforto e felicidade? Porque temos esta necessidade tão grande
de agradar os outros? Porque
nos temos de submeter a situações que detestámos para um benefício que
provavelmente nunca nos será entregue?
As pessoas são naturalmente submissas.
Não fazem o que querem por medo, ou por timidez, ou por outra desculpa
qualquer. Aposto quantos dentes quiserem que toda a gente, todos vocês, já
chegaram a fazer algo contrário aos vossos “desejos” por uma destas razões. O
egoísmo é bom, o apreço próprio! O que será do nosso futuro se uns quantos não
arriscarem, não fizerem o que bem lhes der na “gana” e ir de cabeça? Esses, esses
serão os recordados no final, esses serão os apreciados, os galardoados!
A
cobardia que é parte da nossa sociedade preocupa-me. A preguiça, o
desinteresse, a preocupação, tudo. Onde foram as pessoas que dizem “Não! Eu não
gosto disto, portanto vou fazer os meus possíveis para o mudar!”? Quem detém o
poder da mudança somos nós, todos nós, o poder está em cada um de nós (mesmo
que isto soe extremamente lamechas), portanto, porque não usufruir dele? Todos
nós temos capacidades de o fazer, de fazer mudanças e caminhar para o futuro
brilhante que faz parte do nosso tão proclamado “destino”.
Temos
que fazer algo, arriscar, ir em frente sem medo, ou como já ouvi uma ou outra
vez “tudo ao molho, e fé em deus”.
Carla Gonçalves, 11ºA
2 comentários:
Até te permito usares o "mesmerante", com aspas, claro está, e se me disseres o que queres dizer com isso :) o "mesmerized" inglês? :S
mesmo assim, não sei se é essa a impressão que queres transmitir...
Apresentas um discurso dentro da tua linha :) embora, em certos momentos, te enredes um pouco: deverias ter dado mais tem e fôlego ao pensamento, para o articulares mais logicamente.
Gosto do teu desenho, o detalhe de todos trazemos a chave das nossas correntes... ;-)
O desenho esta simplesmente fantastico ! Cada um tem a chave da sua propria prisao !
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